No quadro “Mulheres que inspiram” exibido nesta segunda-feira, 24, Magna Santa entrevistou a atriz, cantora, ativista, diretora e estilista, Héloa, que comentou sobre a sua trajetória como multiartista.
“Comecei ainda muito pequenininha, né, sou atriz, sou cantora, sou ativista, sou Iaquequerê, uma mulher de Axé, de terreiro e é isso que me constroi enquanto artista múltipla. Eu vivo intensamente uma trajetória dedicada às lutas raciais, às lutas sociais e é o que eu trago dentro da minha musicalidade, dentro do meu o ativismo e em todas as esferas artísticas onde eu passeio, pela moda, pelo cinema, sempre buscando esse foco. Que é um foco de amplitude mesmo e de de posicionamento no nosso Brasil, entender um outro modo de olhar para nossa história. Aqui em Sergipe é o lugar onde eu falo da minha essência. A minha canção, mesmo mesmo tendo migrado, ela tá sempre olhando para esse lugar, olhando para Sergipe, olhando para essa força, ampliando para poder fortalecer esse lugar. E sendo mulher, essas dificuldades acabam sendo muito maiores, né, de ser ouvida, de ser percebida, não só a mim, mas da onde eu venho, que lugar é esse, que mulher é essa, quando eu me reconheço como uma mulher afroindígena, né? O que seria isso? Essa matriz africana, indígena, que tem uma uma fusão e que fala muito sobre nosso estado, não só sobre mim, mas sobre a grande força que constitui Sergipe. Então é uma grande batalha poder demarcar o meu lugar e o lugar desse estado tão potente no mapa, no mundo”, contou.
A multiartista também destacou a importância das mulheres para a história sergipana.
“Eu reafirmo o poder transformador da educação. Eu acho que ter entendido isso foi o que transformou a minha trajetória. Então eu vibro, eu potencializo, seja na aldeia, no quilombo, no terreiro, esse poder educativo, decolonial, poder ver a vida também a partir de uma nova ótica. É o que eu desejo que a nossa o nosso país, o nosso Sergipe possa se enxergar cada vez mais nessa potência que nós somos e, principalmente as mulheres à frente dessa história. Porque a nossa história em Sergipe é contada por grandes mulheres, né? E a gente poder, também, colocar o nosso olhar para a história sergipana a partir do protagonismo feminino, é o que a gente precisa. Olhar quem foram as protagonistas para construir, construir que seguem construindo, o nosso estado. Então é muito sobre isso que eu quero potencializar e poder sentir abraçada por essas mulheres e poder falar delas”, afirmou.
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