Morreu nesta segunda-feira, 21, o Papa Francisco, aos 88 anos. Ele estava em sua residência oficial na Casa Santa Marta, no Vaticano, em Roma.
Francisco morreu um dia após uma aparição pública neste domingo de páscoa, 20, na Praça de São Pedro para abençoar os fiéis. Antes, no sábado, 19, ele apareceu em público, na basílica de São Pedro, no Vaticano.
“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, diz comunicado oficial do Vaticano.
O Papa passou os últimos dias 40 dias internado por uma pneumonia dupla, na qual conviveu com uma série de paradas respiratórias. A causa da morte ainda não foi confirmada.
Jorge Mario Bergoglio – o Papa Francisco – foi o primeiro papa latino-americano da história e promoveu uma série de mudanças na Igreja Católica durante doze anos à frente da igreja. Adotou uma postura simpática, sempre bem humorado e de aproximação com os fiéis.
Além disso, sempre se posicionou em assuntos polêmicos para a Igreja. Ele foi elogiado por avanços como o de permitir bênçãos de padres a casais do mesmo sexo, colocar mulheres em cargos mais altos no Vaticano e permitir que elas votassem no Sínodo dos Bispos — a reunião em que bispos debatem e decidem questões ideológicas e regimentos internos.
Francisco sempre promoveu também discursos políticos, se opõs à guerras e criticou líderes mundiais, e foi um forte combatente à pobreza pelo mundo. Ao ser apontado como o novo papa, ele escolheu o nome de seu novo título em homenagem a São Francisco de Assis, protetor dos pobres. O lema de seu papado foi “Miserando atque eligendo” — “Olhou-o com misericórdia e o escolheu”, em português.