Em entrevista ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, nesta segunda-feira, o prefeito Samuel Carvalho (MDB) falou pela primeira vez após a denúncia de que teria cometido intolerância religiosa contra Mãe Silvia, ialorixá que foi homenageada durante uma solenidade sobre o Dia Internacional da Mulher, realizada no último dia 13 de março.
“Recebi como surpresa essa informação de intolerância religiosa, tendo em vista que nossa vida, tanto pessoal como política ou pública, sempre foi pautada pelo respeito. Eu lembro que no dia do evento eu tinha uma audiência com a juíza para tratar das penas alternativas. Então, eu passei muito rápido na Câmara de Vereadores, eu não passei nem cinco minutos, já tinha começado a solenidade e eu acabei não conseguido cumprimentar todas as pessoas do evento, porque já estava acontecendo”, relata.
Samuel negou ter praticado intolerância religiosa contra a ialorixá. “Quem nos conhece sabe que a gente trata bem todas as pessoas independente de credo religioso, orientação sexual, então para mim foi uma surpresa. Em nenhum momento houve qualquer tipo intolerância religiosa. Na verdade, nós temos uma lei na Assembleia Legislativa de combate à intolerância religiosa, racismo religioso. Estou bem tranquilo, com a consciência tranquila quanto a isso, entrei no evento muito rápido e saí do evento muito rápido, por conta de eventos externos que tinha naquele dia”, reforçou.
O prefeito de Socorro foi questionado ainda sobre ele supostamente ter cumprimentado pessoas ao lado de Mãe Silvia, mas não a ela. ” A gente pode passar por um lugar e não cumprimentar uma pessoa, mas não significa dizer que é racismo religioso ou intolerância religiosa por conta disso”, afirmou.