Advogado de PM suspeito de atirar em empresário diz ser prematuro falar em tentativa de homicídio; militar está em liberdade

Em entrevista exclusiva concedida ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, na manhã desta segunda-feira, 28, o advogado Josefhe Barreto, que atua na defesa do policial militar suspeito de atirar contra um empresário, afirmou que ainda é prematuro tirar conclusões sobre o caso. A confusão ocorreu na madrugada do domingo, 27, durante um evento realizado em uma casa de shows localizada no bairro Atalaia, zona sul de Aracaju.

O advogado confirmou, de forma exclusiva, que seu cliente, inicialmente preso em flagrante, já está em liberdade. Segundo ele, após a audiência de custódia, a Justiça homologou o pedido porque não havia nenhum indício de ilegalidade. Dessa forma, a liberdade se deu porque existe requisitos para se prender alguém, e, neste caso, não existe indício suficiente de autoria no crime.

“Está se falando de tentativa de homicídio, e isso não está devidamente esclarecido no flagrante. É justamente por isso que a Justiça, na audiência de custódia, resolveu soltar. Primeiro, não há prova de que houve realmente uma tentativa de homicídio; a dinâmica dos fatos não ficou devidamente esclarecida, e a autoria, até então, é indefinida, porque houve uma luta corporal. Em que momento essa luta ocorreu? Em que momento a arma passa para a mão de outra pessoa? Esta arma dispara antes ou depois da confusão?”, disse Josefhe Barreto.

E complementou: “A Justiça decidiu estabelecer uma fiança e colocar em liberdade, não por conta de ser uma tentativa de homicídio simples, mas porque não ficou definida a dinâmica dos fatos e os indícios suficientes de autoria delitiva”, afirma.


Ainda segundo o advogado, o policial militar segue no exercício de suas funções, pois não foi solicitado o afastamento do cargo, já que, segundo ele, o cliente não teria cometido nenhuma conduta ilegal. “Eu vou entrar em contato com a autoridade policial para a gente poder aprofundar essa investigação e trazer a verdade real dos fatos”, finalizou.

Relembre o caso

Um policial militar foi preso, suspeito de atirar contra um jovem empresário. Na ocasião, ele foi conduzido com o uso de algemas ao Presmil (Presídio Militar) e, ainda durante a madrugada, passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). O policial seria apresentado em audiência de custódia nas horas seguintes.

Já a vítima teria sido socorrida por populares que estavam no local até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo a polícia, o disparo teria atingido a vítima de raspão no ombro e se alojado na nuca.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que o paciente segue aos cuidados da equipe multidisciplinar da unidade, e seu estado de saúde é considerado estável.

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