Em entrevista concedida ao Jornal da Fan nesta quinta-feira, 30, o advogado e candidato ao Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sergipe (OAB/SE), Matheus Chagas detalhou a motivação da sua candidatura e os pilares da sua luta em defesa da classe. A entrevista é a terceira de uma série que será feita com os candidatos ao cargo destinado à advocacia no Tribunal de Justiça do Estado.
Ao falar sobre o que motivou a disputa ao cargo de desembargador, o advogado destacou: “Pra mim foi uma decisão um tanto quanto natural, embora eu seja jovem, me considero preparado para este cargo. São 18 anos [de advocacia][…] Então, sei o que a advocacia passa, sei o que a advocacia enfrenta”
Durante a entrevista, ele salientou os serviços prestados a OAB/SE enquanto presidente da Comissão de Estudos Tributários, reforçando que a comissão foi reconhecida como uma das comissões mais atuantes da OAB/SE naquele triênio: “Não só sou advogado de carreira, da advocacia privada, mas também prestei serviços à advocacia nos últimos três anos. Eu fui presidente da Comissão de Estudos Tributários lá da OAB/SE. Essa vivência, pra mim, foi muito boa, porque eu pude ver quais são as demandas, quais são as dores da advocacia. E lá a gente fez, fizemos vários projetos, é, interessantes para a advocacia que até hoje são reconhecidos […] depois de 18 anos na advocacia privada e tendo serviços prestados à advocacia, eu acho que foi o momento que surgiu para tentar novos desafios”
Na ocasião, foi abordado o fato de que todos os candidatos colocam em discussão a defesa da classe, e se isso revela uma falta de sensibilidade do tribunal para com a advocacia: “O advogado, no final das contas, ele quer ser bem atendido, ser bem recepcionado. Ele quer que o magistrado – seja um juiz, seja um desembargador – ouça o que ele tem a falar sobre o caso dele e que, principalmente, o magistrado ou desembargador saiba do caso, estude previamente, para saber discutir aquele caso que está sendo objeto daquela audiência”
O advogado destacou a necessidade de atualização dos protocolos para atender com mais praticidade: “A gente não tem até o momento um protocolo de atendimento virtual . Para a advocacia do interior, isso é um problema. O advogado do interior quer despachar com um desembargador, quer conversar sobre um caso com um desembargador, ele tem que vir pra capital, tem o custo de deslocamento. Porque a gente não tem até o momento um protocolo, hoje com ferramentas tecnológicas, o WhatsApp, Zoom, enfim, é, todas essas ferramentas virtuais e a gente não tem, até hoje, um protocolo de atendimento para, não só pra advocacia à distância, do interior, mas de outros estados também, né? Que queiram, que tenham casos aqui em Sergipe”, disse.
Questionado se mudaria de lado e agiria de maneira diferente ao passar para o outro lado, ele foi enfático: “É um compromisso meu. Eu sou uma pessoa de palavra. Sempre agi de forma ética, técnica e transparente. Tenho certeza absoluta que o que eu quero levar pro tribunal é exatamente isso […] Vou entregar exatamente aquilo que eu entrego hoje, que é confiança, transparência, lealdade”, pontuou.
Matheus também falou sobre a recorrência da temática Danos morais no estado: “Essa é uma questão profunda, porque envolve não só um dano sofrido pela parte, mas também um caráter punitivo. […] A precificação do dano moral é fundamental para que a gente tenha um equilíbrio necessário, de não enriquecer a parte que sofreu aquele dano, mas também de não incentivar a empresa a continuar cometendo aquele dano. […] O dano moral deve ser verificado, deve ser olhado também sob um aspecto punitivo, para evitar que a empresa que prestou um serviço de má qualidade volte a agir daquela forma.”, explicou.
O advogado finalizou a entrevista pedindo o voto de confiança e apresentando a sua candidatura com o número 18. Ele também reforçou a importância do voto nessa eleição: “A última eleição que foi feita pro Quinto Constitucional, ela remonta ao ano de 2007. […] A gente tá tendo um momento histórico agora. […] A eleição é online, [e] o acontecerá no dia 19 de novembro […] O advogado pode votar em até seis candidatos. É importante que ele vote, que ele participe, porque […] vai ser o representante da advocacia nos próximos 20, talvez 30 anos. Eu faço esse apelo pra que a advocacia […] tenha a noção da importância desse momento e que vá votar.”, concluiu.










