Após cirurgia de ostomia feita durante tratamento oncológico, Cintya Stefany dos Santos Lima, de 37 anos, espera há quatro anos em fila de cirurgia de reversão para voltar a ter uma vida normal. Durante entrevista com a repórter da Rádio Fan, Magna Santana, ela conta que não sabe o motivo da fila não ter andado ainda. 

“A reversão era para ser feita seis meses após a cirurgia oncológica e não aconteceu. Essa fila não anda. O médico pediu para ir lá no posto, na UBS, uma vez por semana e toda vez que eu vou me encontro no mesmo lugar, na oitava posição. E eles não falam nada, só pedem para esperar”, contou.

Por conta da ostomia, procedimento que constroi um caminho externo para eliminação de urina e fezes, Cintya convive com a troca diária de ‘bolsas’ que pega mensalmente em postos de saúde.

“Como é mensal essas bolsas, elas vêm em uma quantidade fixa, são 30, então é a conta certa para o mês. Às vezes, acontece de algo não dar certo, e você ter alguma disfunção, uma diarreia e ter que usar mais de uma ao dia, então corre o risco de acabar, entendeu? Tem que economizar de uma certa forma”, explicou. 

Por conta desse transtorno de ter que economizar as ‘bolsas’ além das burocracias para pegá-las, a cirurgia de reversão é importante para que ela volte a ter uma vida normal. 

Ainda durante a entrevista, o assessor da Secretaria Municipal de Saúde, Victor Vieira, explicou que somente a rede estadual conseguiria ter acesso e confirmação quanto a posição dela na fila, já que a cirurgia está marcada para ser feita pelo Hospital Cirurgia. Quanto aos procedimentos nos postos de saúde, ele afirmou que todos estão bem encaminhados. A Secretaria do Estado da Saúde foi procurada e está apurando o caso.