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PF indicia 20 pessoas por afundamento do solo em Maceió após exploração de sal-gema
Da redação
01/11/2024
Foto: UFAL
A Polícia Federal indiciou 20 pessoas por crimes relacionados ao desastre ambiental causado pela exploração de sal-gema pela petroquímica Braskem, em Maceió, que causou o afundamento de bairros na capital alagoana.
Nesta sexta-feira, 1º, a PF confirmou o encaminhamento do inquérito para a 2ª Vara Federal de Alagoas, que dará seguimento às providências judiciais, mas não informou oficialmente a lista dos indiciados.
A extração nas minas de sal-gema na capital alagoana foi feita durante pouco mais de 40 anos e terminou em 2019, após o afundamento do solo em pelo menos cinco bairros e o colapso de uma das minas. Cerca de 60 mil pessoas foram atingidas.
No dia 10 de dezembro de 2023, uma das 35 minas da Braskem ruiu sob a lagoa Mundaú, no Mutange.
Caso a Justiça acolha o inquérito, os indiciados responderão por crimes como exploração de matéria-prima da União, em desacordo com a autorização concedida e com a legislação ambiental; dano qualificado praticado contra o patrimônio da União, Estado e Município; deterioração ou inutilização de bens alheios, crime ambiental com agravante de apresentação de dados falsos e omissão de informações. As penas variam entre reclusão e multas.
Segundo as investigações, a Braskem tinha conhecimento do movimento de afundamento do solo antes do surgimento de rachaduras e do tremor de solo verificados em 2018.
O foco da investigação da PF foi o crime ambiental. O órgão apreendeu documentos e aparelhos eletrônicos após constatar uma “discordância entre o que foi realizado efetivamente na mina e aquilo que estava na autorização dada à empresa”.