CPI do Crime Organizado: Alessandro Vieira será relator e Rogério Carvalho entra como membro titular

Foto: Divulgação

Os senadores sergipanos Alessandro Vieira (MDB) e Rogério Carvalho (PT) garantiram presença na composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o crime organizado no país. A decisão foi anunciada na manhã desta terça-feira, 4, no Senado Federal.

A criação da comissão foi proposta por Alessandro Vieira em julho deste ano, mas só teve força após as ações policiais no Rio de Janeiro no fim de outubro, que deixaram mais de 120 pessoas mortas.

No último dia 29, o presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), determinou a instalação da comissão para esta terça-feira, 4.

Com a comissão foi instalada nesta manhã. Antes do início dos trabalhos, os senadores se reuniram para buscar um acordo sobre o comando da CPI. Sem consenso, o cargo foi disputado no voto pela oposição e por governistas.

A base aliada do governo indicou o nome de Fabiano Contarato (PT/ES) e a oposição defendeu o nome de Hamilton Mourão (Republicanos-RS). O placar foi de 6 votos a 5, com o petista saindo vitorioso. Após a votação, por acordo, Mourão foi escolhido como vice de forma simbólica, por aclamação.

Contarato é formado em Direito e foi delegado da Polícia Civil por 27 anos. No Senado, já foi líder da bancada do PT. Ele foi eleito em 2018 e está no seu primeiro mandato. Mourão é general da reserva do Exército e foi vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro (PL). Eleito em 2022, está em seu primeiro mandato no Senado.

A relatoria da CPI ficou com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que articulou o pedido para criação do colegiado. Delegado da Polícia Civil por mais de 20 anos, Vieira foi eleito senador em 2018.

A abertura dos trabalhos da comissão nesta manhã foi conduzida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), por ser o senador mais velho. Durante a reunião, ele rebateu críticas da oposição sobre um movimento de “blindagem” do governo na CPI.

Durante a reunião, senadores fizeram elogios a Contarato e ressaltaram que o congressista tem um perfil “independente”, apesar de ser da bancada petista. Ao assumir a presidência, Contarato afirmou que a segurança pública “não deve ser uma pauta apenas da direita, nem uma bandeira exclusiva de conservadores”.

“A segurança pública é um direito do povo e um dever do Estado. Enquanto eu estiver na presidência dessa CPI, o medo não faltará ao debate sobre o crime. A verdade será a protagonista”, declarou o senador.

O objetivo principal da CPI é investigar a atuação de organizações criminosas e milícias no país. A comissão mira o “modus operandi” dos grupos e a sugestão de medidas de combate. O prazo de funcionamento será de 120 dias com limite de despesas de funcionamento estimadas em R$ 30 mil.

Veja os titulares:

Titulares

  • Alessandro Vieira (MDB-SE)
  • Marcio Bittar (PL-AC)
  • Marcos do Val (Podemos-ES)
  • Otto Alencar (PSD-BA)
  • Angelo Coronel (PSD-BA)
  • Jorge Kajuru (PSB-GO)
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
  • Magno Malta (PL-ES)
  • Rogério Carvalho (PT-SE)
  • Fabiano Contarato (PT-ES)
  • Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

Suplentes:

  • Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)
  • Sergio Moro (União-PR)
  • Randolfe Rodrigues (PT-AP)
  • Eduardo Girão (Novo-CE)
  • Jaques Wagner (PT-BA)
  • Esperidião Amin (PP-SC)

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