Sônia Meire repudia ação policial no Rio de Janeiro e classifica chacina como “massacre”

Foto: Luanna Pinheiro

A vereadora Sônia Meire (PSOL) ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju, nesta quarta-feira, 29, para repudiar ação policial em que resultou a morte de 129 pessoas no Rio de Janeiro ocorrida na última terça-feira, 28.

Visivelmente emocionada, Sônia Meire afirmou que o Brasil está diante de “a maior chacina vista na cidade do Rio de Janeiro”, classificando a ação como um verdadeiro massacre.

“Estamos de luto. Não podemos parabenizar uma ação irresponsável feita pelo governador Cláudio de Castro, do PL. Isso não é guerra às drogas. Isso é um projeto de morte contra quem vive nas favelas e nas periferias do Rio de Janeiro”, declarou a parlamentar.

De acordo com a vereadora, a operação foi marcada por ataques aéreos, destruição, pânico generalizado e suspensão de serviços públicos, deixando a população local em desespero.


Ela destacou ainda a necessidade de inteligência policial e criticou a política de segurança pública que, segundo ela, tem como alvo principal moradores inocentes das comunidades.

“É inadmissível que, com tanta tecnologia e conhecimento, se realizem operações com o objetivo de matar. Até o momento, já são 64 mortos, entre eles, quatro policiais. Mas quem eram essas pessoas? Quantos inocentes perderam suas vidas?”, questionou.

A parlamentar encerrou sua fala expressando repúdio ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e pediu que a sociedade e os poderes públicos não se calem diante da barbárie.

“Nós temos que ter inteligência para combater o tráfico, e não fazer das forças policiais um comando para matar a população. Não podemos silenciar”, concluiu.

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