Em entrevista concedida ao Jornal da Fan nesta segunda-feira, 27, a advogada, Presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família em Sergipe (IBDFAM/SE) e candidata ao Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sergipe (OAB/SE), Acácia Lélis, falou sobre o compromisso que assumirá com a advocacia, caso seja eleita. A entrevista é a primeira de uma série que será feita com os candidatos ao cargo destinado à advocacia no Tribunal de Justiça do Estado.
Questionada sobre como seria “passar para o outro lado do balcão” e garantir à advocacia que manterá a sensibilidade de lembrar o que os advogados enfrentam no dia a dia, Acácia respondeu: “Pela [minha] trajetória, pela [minha] história de vida. ‘Quem é você? De onde você veio? Quem você representa?’ Eu acho que isso é importante. Essa representatividade. E eu acho que eu carrego isso.”, afirmou.
Na oportunidade, ela reforçou a trajetória docente, de 24 anos, afirmando que isso a permite ter um contato permanente com a advocacia mais experiente e mais jovem: “Essa atuação contínua é um grande diferencial que trago: dialogar tanto com a advocacia que já tem experiência (e já vem há muitos anos atuando), bem como manter esse contato, esse diálogo permanente com a jovem advocacia.”
A advogada garantiu que, se eleita, terá a chance de provar o fato de “estar sempre de portas abertas para a advocacia”. Além disso, reforçou a sua trajetória: “Sou uma pessoa voltada às questões de pessoas em vulnerabilidade, defendo os Direitos Humanos […] nessa perspectiva, é difícil acreditar que uma pessoa assim mude o comportamento e que venha a trair aquilo que é, [deixar de] defender aquilo para o qual foi eleito, para o qual foi escolhido.”
A candidata também falou sobre a importância de mulheres ocuparem cargos de destaque a nível nacional e também estadual. Lamentou a tendência de uma escolha masculina para o Supremo Tribunal Federal (STF) e destacou que a política de cotas na eleição da OAB é um avanço: “Isso já nos possibilita, pelo menos, no mínimo, chegarmos na lista sêxtupla com igualdade. Temos aí, no mínimo, três mulheres a ocuparem esse espaço. Isso já é um avanço muito grande, já é uma conquista.”, falou.
No entanto, destacou que a medida ainda é insuficiente: “Porque a gente sabe que essa reserva é tão somente para a primeira etapa. Na segunda etapa não está assegurada qualquer vaga, qualquer reserva. E é necessário que a advocacia escolha, faça uma excelente escolha, um nome que […] possibilite a gente chegar à lista tríplice […] Não só por uma questão de gênero, mas também pelo olhar sensível, pelo olhar plural, pela sensibilidade. Tudo isso que eu acredito que a mulher precisa para estar nesse lugar. […] isso tem que ser uma política a ser defendida e que a advocacia sensibilizada também acredite nisso.”
A advogada defendeu que a eleição dela representaria uma quebra de muros entre a sociedade e o Tribunal de Justiça, permitindo um diálogo: “Eu serei essa ponte também. Defendo a minha candidatura como uma ponte de diálogo entre o Tribunal de Justiça, entre os magistrados, a advocacia e a sociedade.”
Acácia finalizou a entrevista apresentando o seu número e reforçando as suas habilidades: “Meu número é 16. Minha experiência, minha expertise é com certeza, a sensibilidade de uma mulher militante de Direitos Humanos, da criança, do adolescente, de todas as pautas que envolvem a necessidade de atuação mais firme”, concluiu.










