Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta sexta-feira, 24, a secretária nacional de Renda e Cidadania, Eliane Aquino, destacou a importância dos programas de transferência de renda, especialmente no combate às desigualdades históricas e às condições subumanas de sobrevivência.
Citando o programa Bolsa Família, que está sob sua tutela, ela refutou a alegação de que esse tipo de benefício “acomoda” a população, impedindo que busquem renda por meio do trabalho.
Eliane explicou que o perfil predominante dos beneficiários do programa evidencia a desigualdade de oportunidades.
“Se as políticas públicas, se elas funcionassem como elas devem funcionar, nós não precisaríamos de programas de transferência de renda. Quando as pessoas acham que a população não quer trabalhar, que o Bolsa Família acomoda, a gente precisa lembrar que a grande maioria das pessoas que estão dentro do programa Bolsa Família são de mulheres, crianças e adolescentes. Muitas vezes, essa mulher que ela precisa trabalhar e ela quer trabalhar, não tem uma rede de apoio, ela não tem uma creche perto da casa dela, ela não tem onde deixar as crianças”, disse ela.
E complementou: “Se outras políticas públicas tivessem chegado no passado, na vida das famílias, principalmente a escolaridade, as opções, as oportunidades, essa mulher não precisaria estar dentro do programa Bolsa Família”.
Em contrapartida, a secretária ressaltou que a pasta tem atuado de forma efetiva para identificar beneficiários que recebem o benefício indevidamente.
“É claro que a luta para a gente ter um Cadastro Único que tenha as informações reais dessas famílias. É uma luta que ainda está totalmente em vigor dentro do Ministério, nas capacitações que a gente tem feito com todos os estados e os municípios, porque quem coloca as informações desse núcleo familiar dentro do cadastro único é o município. Então nós precisamos muito que cada vez mais a gente tenha uma informação correta”, finalizou.










