Durante o Jornal da Fan desta quarta-feira, 22, a deputada estadual Kitty Lima e o secretário de Educação de Itabaiana, Éder de Jesus, debateram sobre um vídeo polêmico que circulou nas redes sociais. No vídeo, o secretário aparece dizendo que, se os gatos forem alimentados, ficarão naquele local, e por isso seria necessário orientar os funcionários a não alimentá-los. Ele ressalta, no entanto, que isso não significa ser a favor de que os animais passem fome. A deputada Kitty Lima se posicionou contra a orientação e criticou a forma como a situação está sendo conduzida.
Na oportunidade, Kitty Lima criticou a fala do secretário: “A gente vê na cara que é um desconhecimento total de como resolver a questão. A gente precisa identificar os animais, castrar […] e buscar a adoção responsável. A falta de alimentação não faz com que esses animais vão embora; eles ficam lá morrendo de fome e vão ficando debilitados e doentes. Aí sim é um risco, não só para o animal que está sofrendo, mas para os que estão em volta”, afirmou a deputada.
A deputada reforçou que é necessário que as falas, especialmente de pessoas públicas, não reforcem a não alimentação animal: “Assim como nós não queremos passar fome, os animais também não podem passar fome”. Kitty Lima também se posicionou sobre a situação das crianças na creche:
“Também sou mãe, não quero entrar em escola ou creche e ver uma situação descontrolada […] Agora o que não pode simplesmente é a gente ver as pessoas achando que não alimentar resolve o problema, não resolve. Cadê a política pública de castração desses animais? […] O centro de animais de Itabaiana está superlotado. Quero entender e acompanhar, me coloco novamente à disposição. […] Se a gente tem um espaço superlotado, que tem animais doentes, com saudáveis e está essa situação, como é que a gente vai ter um controle natural dos animais?”, afirmou
O secretário se defendeu e justificou que a fala foi tirada de contexto através de um corte. Justificou que, na verdade, a intenção era proteger crianças de uma creche localizada no Conjunto General João Pereira e que sua fala engloba soluções futuras para que os felinos não ocupem locais inadequados.
“Recebemos quatro mães de crianças que, inclusive, procuraram também o Ministério Público, relatando alguns problemas de doenças respiratórias, de alergias, e irritações na pele. Segundo elas, seria causado pelos gatos que estavam na creche. Eu disse: vamos procurar o secretário de Agricultura e verificar se de fato é. Não posso afirmar, porque algumas pessoas também criam animais em casa”, explicou.
Éder de Jesus reforçou que é professor de biologia e entende a importância da causa e concluiu pedindo desculpas pela situação: “Estou com a consciência tranquila que não diminui a causa animal, que não cometi crime algum, estou tranquilo quanto a isso, mas peço desculpas a quem interpretou que eu quis matar o animal, não quero jamais”, finalizou.










