Uma produção nacional promete resgatar um episódio pouco conhecido, porém marcante, da história brasileira: o dia em que submarinos alemães atacaram o litoral de Sergipe durante a 2ª Guerra Mundial. O filme “Corações Naufragados” revive o drama de 1942, quando embarcações civis foram bombardeadas no Nordeste, resultando em mais de 600 vítimas e chocando o país, que até então se mantinha distante do conflito mundial.
O ataque alemão teve repercussão imediata e foi um dos principais motivos que levaram o Brasil a declarar guerra ao Eixo em agosto de 1942.
Na trama, a jovem jornalista (Olivia Torres) desafia as convenções de sua época ao revelar sua verdadeira identidade, após anos escrevendo sob um pseudônimo masculino. Ela se envolve com o Capitão Francisco da Silva (William Nascimento), oficial sergipano da Marinha e líder clandestino antinazista. Juntos, enfrentam a repressão política e os horrores provocados pelos bombardeios a navios brasileiros no litoral nordestino.
Com direção de Caco Souza, o filme tem roteiro e produção executiva assinados por Cacilda de Jesus, que pesquisou durante sete anos documentos e relatos da época para reconstruir o clima de tensão vivido em Sergipe durante a guerra.
“É uma história baseada em fatos reais”, explica Cacilda. “Um projeto assim não nasce do dia para a noite; são filhos que a gente vê crescer. Sou historiadora e dou muito valor à memória. É um filme de Sergipe em um contexto mundial — e isso não é pouco. Gravaremos em Estância, São Cristóvão, Aracaju e também no Rio de Janeiro. Esta é uma história original do povo sergipano; vamos mostrar nosso estado, mesmo que dentro de um contexto trágico. Nenhum lugar do Brasil ficou tão perto da guerra quanto Sergipe.”
“Corações Naufragados” promete unir memória, romance e resistência em uma narrativa que resgata o papel de Sergipe em um dos capítulos mais sombrios da história mundial.










