Lula anuncia programa habitacional voltado à classe média; previsão é de 80 mil novas casas até 2026

Foto: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira, 10, um novo modelo de crédito imobiliário que atende a população classe média do país. O comunicado foi feito durante o evento Incorpora 2025, realizado em São Paulo.

A medida faz parte de uma ampla reformulação do crédito imobiliário, que pretende ampliar o acesso à moradia e movimentar o setor da construção civil. No evento, Lula afirmou que sempre teve “uma inquietação” para atender à necessidade de moradias da classe média.

“Um trabalhador metalúrgico, um bancário, um químico, um gráfico, um trabalhador da Caixa Econômica, um professor […] Essas pessoas não têm direito a comprar casa, porque elas nem são pobres, não estão na faixa 1, nem na faixa 2 [do Minha Casa, Minha Vida]”, disse.

Entre as mudanças do financiamento, o limite de valor dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Além disso, 80% dos financiamentos deverão seguir as regras do SFH, com juros limitados a 12% ao ano.

A reforma moderniza o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), permitindo que os bancos direcionem mais recursos para o crédito imobiliário e aumentando a competição no setor. Instituições que não captam poupança também poderão oferecer financiamento habitacional em condições semelhantes, por meio de depósitos interfinanceiros imobiliários.

A previsão é que, com a mudança, a Caixa Econômica Federal financie mais 80 mil novas moradias até 2026.

A transição será gradual, iniciando ainda este ano. O novo modelo deverá ter plena vigência a partir de janeiro de 2027. Até lá, fica valendo o direcionamento obrigatório de 65% dos recursos captados na poupança para operações de crédito habitacional.

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