Um médico endocrinologista suspeito de praticar crimes contra a dignidade sexual de pacientes durante atendimentos clínicos. O mandado de prisão preventiva foi cumprido após investigação que revelou atos libidinosos cometidos contra homens que procuraram o profissional para consultas médicas.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que o suspeito utilizava procedimentos clínicos como pretexto para praticar os abusos, violando princípios éticos e profissionais da medicina. O primeiro caso foi registrado em abril deste ano.
“O médico teria cometido atos libidinosos sob a justificativa de que faziam parte do procedimento. No entanto, durante a entrevista, o próprio médico admitiu que se tratava de um procedimento atípico, o que despertou a desconfiança da vítima, que decidiu procurar a polícia”, explicou o delegado Carlos Antônio, responsável pela investigação.
Durante a apuração, a equipe reuniu depoimentos, áudios e outros elementos de prova que embasaram o pedido de prisão preventiva. As vítimas foram ouvidas em ambiente sigiloso e receberam acompanhamento especializado.
Segundo o delegado, o caso exigiu uma investigação minuciosa e sensível. “As vítimas buscaram atendimento médico e foram surpreendidas por condutas totalmente incompatíveis com a ética e o respeito humano”, destacou Carlos Antônio.
O delegado Gregório Bezerra reforçou o caráter preventivo da operação. “Queremos encorajar outras possíveis vítimas a denunciarem abusos semelhantes, rompendo o silêncio que ainda cerca esse tipo de violência”, afirmou.
A operação foi denominada Hipócrates, em referência ao pai da medicina, símbolo do juramento que orienta o exercício ético da profissão e o compromisso de proteger e cuidar dos pacientes.










