“O que aconteceu foi corporativismo”, diz advogada após corregedoria concluir que delegado não teve erros de conduta em delegacia

Nesta quarta-feira, 2, a advogada Larissa Bezerra voltou a falar com a reportagem do Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, e trouxe desdobramentos sobre a denúncia que fez no mês passado abuso de poder e tentativa de intimidação por parte do delegado Marcos Garcia, da 4° Delegacia Metropolitana.

A denúncia foi registrada na Corregedoria da Polícia e o resultado da investigação foi proferido na segunda-feira, 30, com decisão favorável ao delegado.

A advogada não concordou com a decisão. “Eu fui surpreendida no dia de ontem com o contato via whatsapp do despacho em relação a minha denúncia junto à corregedoria de Polícia Civil. E qual foi a minha surpresa? Quando a delegada corregedora não percebeu qualquer tipo de comportamento estranho à atividade do delegado, e que a ação dele na verdade foi uma reação a um possível distrato na minha parte”.

O caso aconteceu no dia 7 de janeiro deste ano. Na ocasião, a advogada foi até a delegacia com um cliente para resolver uma situação que envolvia discussão de condomínio. Como desdobramento, dois acordos foram propostos mas não avançaram entre as partes. Em sequencia, sem uma intimação, o delegado convocou o cliente de Larissa à delegacia para uma conversa. O fato estranhou ambos, mas eles compareceram no dia 7 de janeiro à 4° DM, local onde o caso aconteceu.

Vídeos encaminhados pela própria advogada à produção do Jornal da Fan mostram ela o delegado em discussão. A todo instante, o delegado questiona porquê a advogada compareceu à delegacia. Em outro momento do vídeo, o delegado fala: “Eu quero ver até onde vocês dois vão”, em tom de ameaça. Na sequência, ele sai da sala e retorna com uma arma da cintura e em seguida põe em cima da mesa. Para a advogada, esta ação foi uma tentativa de intimida-la.

Larissa Bezerra disse que pretende judicializar a decisão. “Para mim contra fatos não há argumentos. Ta aí o vídeo, tem o áudio, vou buscar os órgãos que seja necessário para levar a diante, judicializar civil e criminalmente, fazer uma denúncia junto ao Ministério Público, e inclusive, levar esta tratativa a diante”, afirmou.

A assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SE) foi contatada, que se comprometeu a conversar com a delegada corregedora , garantindo espaço para que ela se posicione. Já o delegado Marcos Garcia preferiu não se posicionar.

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