O Departamento de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil de Sergipe, com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), prendeu nesta quarta-feira, 30, em São Paulo, o filho do líder da organização criminosa conhecida como Família Colômbia. O grupo é investigado por envolvimento com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O suspeito estava foragido desde a operação deflagrada no mês passado, que resultou em diversas prisões e no bloqueio de mais de R$ 6 milhões em bens vinculados à quadrilha.
De acordo com o delegado Ataíde Alves, do Denarc, o homem detido assumiu o comando das operações criminosas após a prisão do pai, líder da organização. “Esse alvo é filho do líder da organização criminosa e, desde a operação do Denarc, estava à frente dos negócios da família”, explicou o delegado.
A captura foi possível graças a informações repassadas à polícia sobre a localização do foragido na capital paulista. Coincidentemente, uma equipe do Cope de Sergipe já estava em São Paulo realizando outras diligências e foi acionada para dar suporte à prisão. “Entramos em contato com os colegas que estavam no local, e as equipes conseguiram realizar essa importante prisão do número dois da organização criminosa”, relatou Ataíde.
A organização é suspeita de enviar drogas para Sergipe e utilizar esquemas de lavagem de dinheiro para ocultar os lucros obtidos com o tráfico. As investigações continuam com o objetivo de identificar e prender outros envolvidos nas atividades ilícitas.e Inteligência e Planejamento Policial de Sergipe (Dipol), cumpriu cinco decisões judiciais de busca e apreensão e três mandados de prisão, nas cidades de Aracaju, São Paulo e Cubatão (SP).
De acordo com o delegado Érico Xavier, as investigações revelaram que os investigados abordavam as vítimas por meio de chamadas telefônicas. “Eles informavam falsamente que as vítimas haviam sido contempladas com um kit de cosméticos ou perfumes, supostamente enviados por uma loja durante campanhas promocionais”, detalhou.
Em seguida, o suposto entregador era enviado aos endereços da vítima para realizar a entrega do suposto brinde. “Ele solicitava o pagamento de uma taxa de frete, mas que só poderia ser pago via cartão de crédito”, complementou o delegado Érico Xavier.
Para concretizar o crime, o suposto entregador utilizava uma maquineta adulterada que permitia a clonagem dos dados do cartão das vítimas. “Os dados eram usados para realizar diversas compras sem o consentimento das vítimas”, evidenciou o delegado.
Até o momento, foram identificadas 17 vítimas residentes na cidade de Aracaju, durante o segundo semestre do ano de 2024, com prejuízos financeiros consideráveis.
A Polícia Civil solicita que outras eventuais vítimas dos investigados procurem o Depatri para o registro do boletim de ocorrência. Informações e denúncias que possam contribuir com as investigações podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia no telefone 181. O sigilo é garantido.