Foto: Redes Sociais/ Reprodução
Integrantes da comitiva bolsonarista que viajaram do Brasil para os Estados Unidos para acompanhar a posse de Donald Trump nesta segunda-feira, 20, enfrentaram uma série de dificuldades e situações inusitadas. Entre os participantes, estavam a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) e pelo menos 30 deputados e senadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a experiência de muitos deles foi marcada por perrengues, com acesso restrito aos eventos oficiais e algumas situações curiosas. Nenhum dos integrantes da comitiva, exceto o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conseguiu acesso ao Capitólio, onde Trump fez seu primeiro pronunciamento. Além disso, poucos conseguiram participar do tradicional jantar de gala da posse, evento no qual Michelle e Eduardo Bolsonaro foram os únicos representantes do ex-presidente.
Eduardo Bolsonaro, que ocupa o cargo de secretário de Relações Institucionais e Internacionais do PL, relatou as dificuldades para obter a credencial necessária para acessar a cerimônia. Em um vídeo postado nas redes sociais, ele apareceu sob a neve, comentando a situação: “Vocês acham que é fácil pelo fato de eu ter acesso à família Trump? Não é, não. Olha lá a fila para pegar o credenciamento”, disse, enquanto mostrava a barba coberta de neve. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) também passou por contratempos durante a viagem. Em fotos divulgadas nas redes sociais, ela apareceu com o nariz ferido, explicando que o machucado ocorreu durante um acidente no voo. “Fui tentar pegar um objeto no banheiro e o painel inteiro veio no meu nariz. Sorte que eu tinha feito seguro saúde, pago do meu bolso, assim como todo o restante dos custos desta viagem”, contou Zambelli.
Apesar de estarem em Washington, muitos dos parlamentares não publicaram imagens da posse de Trump, uma vez que não tiveram acesso ao local onde o presidente dos Estados Unidos discursava. A deputada Bia Kicis (PL-DF), por exemplo, compartilhou imagens de Trump na TV, enquanto o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) postou vídeos em que concedia entrevistas e se encontrava com religiosos locais. Enquanto a maioria dos parlamentares enfrentava dificuldades, Michelle Bolsonaro teve uma experiência diferente. A ex-primeira dama, que representou o marido durante a posse, compartilhou sua rotina nas redes sociais. Entre as imagens publicadas, estavam momentos em que ela se produzia e era maquiada por Augustin Fernandez, um maquiador de confiança da família Bolsonaro. Fernandez aproveitou a oportunidade para elogiar Michelle e expressou sua honra em contribuir com a boa imagem do Brasil no exterior. Em uma postagem, ele também divulgou uma chamada de vídeo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, mostrando o vínculo próximo com a família.
Durante um almoço com aliados em Washington, o ex-assessor de Donald Trump, Steve Bannon, fez uma homenagem aos integrantes da comitiva bolsonarista, destacando Eduardo Bolsonaro. Bannon elogiou o deputado, chamando-o de “futuro presidente do Brasil” e ressaltando a importância de sua presença no movimento internacional pela soberania. “Essa é uma das pessoas mais importantes no nosso movimento pela soberania ao redor do mundo. E acho que um dia, e num futuro não tão distante, será o presidente do Brasil”, afirmou Bannon, dirigindo-se a Eduardo Bolsonaro no palco. Em resposta, Eduardo comentou sobre a inelegibilidade de seu pai, Jair Bolsonaro, explicando que a decisão foi tomada devido ao fato de ele ter se encontrado com embaixadores durante o processo eleitoral. O deputado também expressou a esperança de que, assim como os Estados Unidos reconduziram Trump à Casa Branca, o Brasil reeleja Bolsonaro em 2026.