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Caso Lael: médica é transferida para a 2ª Delegacia Metropolitana

Da redação

26/11/2024


A médica cirurgiã Daniele Barreto, suspeita de envolvimento na morte do próprio esposo, o advogado José Lael de Souza, em outubro deste ano, foi transferida para a 2ª Delegacia Metropolitana de Aracaju nesta terça-feira, 26.

Segundo a Polícia Civil, a transferência da médica foi uma decisão exclusiva do delegado-geral, Thiago Leandro, fundamentada na avaliação de medidas de segurança e na necessidade de otimização da carceragem.

“A ação visou garantir a utilização adequada dos espaços de detenção, incluindo a possibilidade de receber prisões cíveis. Para a execução da transferência, foi designada uma equipe da Coordenadoria da Polícia Civil da Capital, que procedeu à mudança imediata para a 2ª Delegacia Metropolitana, unidade responsável pela custódia de mulheres presas”, foi exposto.

Em 12 de novembro, Daniele foi um dos alvos de operação que cumpriu mandados de prisão contra suspeitos de participação no crime. Desde então, ela estava presa na 8ª Delegacia Metropolitana, no bairro Novo Paraíso.

Na 2ª DM também já estão presas Alvaci Feitosa, amiga da médica, e Adriágina de Souza Cavalcante, sua secretária. 

Procurado pelo Portal Fan F1, o advogado Claudio Dalledone, que representa a médica, informou que a transferência também havia sido solicitada pela defesa. Em suas palavras, Daniele vinha sofrendo “assédios” de um profissional da advocacia que se passava por seu representante. 

“Esse episódio aconteceu no último fim de semana, então o delegado achou por bem comunicar a seus superiores. Inclusive, nós também nos manifestamos junto ao delegado, e a família [de Daniele] prestou um boletim de ocorrência, pedindo providências quanto à atuação desse profissional, que se passa pelo advogado dela e tem atrapalhado não só o trabalho da polícia, como o trabalho dos advogados verdadeiramente constituídos por ela”, explicou.

Ainda segundo o advogado, a defesa aguarda decisão sobre pedido de conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar. Claudio Dalledone também afirma que a médica tem contribuído com as investigações.

“Ela ainda não é uma acusada, ela é uma suspeita, e dentro dessa suspeita se levantam hipóteses, e dentro dessas hipóteses também se levantam outras questões que merecem também ser apuradas. Por exemplo, todas essas violências físicas, psicológicas, sexuais e patrimoniais que ela vem experimentando ao longo de todos os anos”, completou, fazendo referência ao conteúdo de carta escrita por Daniele.

Relembre o caso

A investigação, conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), aponta que José Lael foi morto em uma emboscada.  Ao todo, sete pessoas estão presas em decorrência da participação no crime.

Segundo a Polícia Civil, a motivação seria a desconfiança da vítima sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio. 

A vítima foi morta após sair para comprar um açaí, pedido feito pela própria Daniele, no dia 18 de outubro.

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