Em áudio veiculado durante o Jornal da Fan, da rádio Fan FM, desta quarta-feira, 27, Douglas Batalha, o homem apontado como o causador da morte da jovem Caroline Gomes, de 25 anos, negou as acusações de que tenha a espancado e alegou que a vítima já estava doente há meses. 

Caroline passou 17 dias internada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), mas acabou vindo a óbito na última segunda-feira, 25. Após o falecimento, diversos perfis nas redes sociais passaram a atribuir a morte a um suposto espancamento do qual ela teria sido vítima. 

Ainda nesta quarta, Douglas se apresentou no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), na presença de seu advogado, Josefhe Barreto, e se colocou à disposição das investigações.

Em entrevista ao Jornal da Fan, Josefhe afirmou que uma versão diferente da disseminada foi apresentada por seu cliente.

“Esses perfis também estavam divulgando a imagem dele e a imagem da vítima, e já atribuindo a uma suposta agressão que ensejou um mal estar nela”, explicou Josefhe, ao que acrescentou: “Ele me trouxe essa versão, disse que ela já vinha doente há um tempo, por conta de uma doença que não estou autorizado a dizer o nome ainda, até porque ainda não tenho acesso a  laudos ou documentos que me tragam a causa mortis dessa jovem”. 

No áudio, Douglas narra pontos da relação entre os dois, que teria começado em 2021. Ele alega que nos dias anteriores ao falecimento de Caroline não houve qualquer tipo de conflito ou agressão de ambas as partes.  

“Em nenhum momento eu bati em Caroline, em nenhum momento eu agredi Caroline, não tenho nada a ver com a morte de Caroline e todo mundo sabe, quem conhece ela, que ela estava bem doente e que não tinha laudo diagnóstico, até hoje não tem”, afirmou. 

Após as acusações veiculadas, ele também afirmou estar preocupado com a própria integridade física. 

“Eu estou aqui para esclarecer que eu não tenho nada a ver com isso e que estou muito preocupado com minha integridade e com minha vida também, que eu tenho a seguir ainda, e também para deixar todos cientes e em paz em relação a que, Caroline, por mais que a gente já tenha tido algum tipo de problema no passado, na Justiça e não sei o que, alguma coisa, não tem nada a ver com o que veio acontecer este ano, nesse exato momento, onde ela veio evoluir a óbito”, finalizou Douglas. 

De acordo com o relatório do Instituto Médico Legal (IML), o tipo de ocorrência envolvendo Caroline foi classificado como “morte por espancamento”. 

Já segundo nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP/SE), no relatório médico apresentado pelo Huse e também constatado na necropsia do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte é descrita como um acidente vascular cerebral, com um choque séptico e infecção pulmonar.

A investigação continua, inclusive com diligências e depoimentos realizados pelos investigadores do DAGV.