A Black Friday, o dia em que as lojas promovem uma série de descontos em seus produtos, já é nesta sexta-feira, 24, e promete movimentar os comércios físicos e online brasileiros e mundiais. Segundo pesquisa da consultoria NielsenIQ, 34% das pessoas têm intenção de já antecipar as compras de Natal.
A pesquisa também aponta que quase 80% dos consumidores pretendem realizar compras durante esse período. Além disso, uma das tendências analisadas é a procura por promoções ao longo da semana, o “esquenta Black Friday” aderido por algumas lojas.
Para o economista Fernando Carvalho, esse é um momento “importante para os dois lados, consumidores e comerciantes, que aproveitam a própria data e o esquenta Black Friday, para aumentar as vendas”.
“Se você está querendo comprar vestuário para o Natal ou final de ano, se você quer comprar um ar condicionado ou um equipamento para sua casa, e até vinhos ou alimentos e eles estão acessíveis, você pode aproveitar essa queda nos preços e já adquirir agora”, afirmou.
Considerado o marco de início do período de compras de fim de ano, a Black Friday surgiu nos Estados Unidos como uma tradição que ocorre sempre na 4° sexta-feira do mês de novembro. Neste dia, é esperado que as lojas deem os maiores descontos do ano, chamando a atenção do consumidor e fazendo as vendas duplicarem. No Brasil, a data chega “mais ou menos em 2010, ou seja, são 13 anos por aqui”, destacou o especialista.
Para essa data, a previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) é que só no e-commerce, as vendas cheguem ao patamar dos R$ 7,1 bilhões em 2023.
Carvalho explica que a Black Friday para os consumidores é uma “oportunidade de através do incentivo de desconto nos preços ou na forma de pagamento para o consumidor adquirir aquele bem ou serviço que ele já vinha vislumbrando há algum tempo”.
Apesar de ser uma data conhecida pelas promoções, também é quando as fraudes e tentativas de golpe acontecem. Durante a Black Friday, algumas empresas podem fazer propagandas enganosas ou uma “maquiagem” de preços pelos varejistas, conhecida como Black Fraude.
O especialista explica que algumas lojas usam como estratégia para esse golpe, baixar os preços antes da promoção fazendo com que o consumidor acredite que está obtendo vantagem na compra.
“As fraudes são as mais diversas, desde subir os preços e baixá-los artificialmente, como na forma de parcelamento onde deveria estar sem juros e vem com juros para o consumidor. Ou venda de produtos similares, que não são os produtos originais. Então, você coloca à venda produtos similares, que adquiriu por um preço mais baixo, e vende ele num preço mais baixo, mas obviamente não são originais. Então, essas são as formas mais conhecidas”, explicou Fernando Carvalho.
Dicas para não cair em fraudes
O economista também dá algumas dicas para quem vai aproveitar a Black Friday nas lojas físicas e online.
- Comprar em site confiáveis e verificados
- Verificar o link das lojas para não cair em sites clonados
- Fazer pesquisas dos produtos e serviços nas diversas lojas
- Verificar preços e formas de pagamentos
A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Fundação Procon) também divulgou mais dicas para esse período que você pode conferir abaixo.
- Ter cuidado com emails promocionais de lojas que você não tenha cadastro
- Desconfiar de páginas recém-criadas
- Conferir o valor antes de efetuar a compra pelo cartão em lojas físicas
- Em compras usando o Pix, conferir com atenção todos os dados do pagamento e se a loja escolhida é realmente a que irá receber o dinheiro
Imagem: GettyImagens/Reprodução
