Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta quarta-feira, 6, o senador Alessandro Vieira (MDB) fez uma avaliação dos primeiros oito meses de governo nas esferas federal e estadual. Em suas palavras, o governador de Sergipe tem conhecimento sobre a administração do estado e avança em áreas específicas.
“O governador do Estado Fábio Mitidieri tem ampla maioria na Assembleia Legislativa, tem o apoio majoritário da bancada federal, conhecia bem a máquina que assumiu. Ele, enfim, fazia parte do grupo de Belivaldo Chagas, ex-governador, e vem avançando com mais facilidade, você vê acertos em algumas áreas, particularmente, essa questão do diagnóstico e essa questão da aceleração de soluções para a infraestrutura, isso é muito importante para os sergipanos, isso vai gerar frutos muito positivos”, disse Alessandro.
Na oportunidade, o senador citou a compreensão da gestão em torno de segmentos considerados importantes para o desenvolvimento do estado. Esse movimento, de acordo com Alessandro, tem gerado expectativas em cima da gestão de Fábio Mitidieri.
“Nós temos uma oportunidade gigantesca com petróleo e gás, mas já tem que colocar um pé no futuro, na transição energética, porque o mundo todo vem tentando reduzir o consumo de petróleo e gás, então Sergipe não pode errar na sua projeção de gestão. Tem pontos muito positivos, mas é um governo no começo. O governo está gerando muita expectativa, é um governador com um perfil diferente daquele que Belivaldo apresentava, se aproxima da população, tem feito muitos eventos no interior. E eu espero que, enfim, esse grupo político consiga dar as respostas que o povo espera, na mesma medida em que você gera expectativa, você tem a obrigação maior para cumprir”, completou.
Já na esfera federal, Alessandro avalia que, apesar da experiência, o presidente Lula tem enfrentado dificuldades na relação com o Congresso.
“Não conhece ou não conhecia mais o Congresso como funciona, não conhecia a máquina como estava estabelecida no governo Temer, depois Bolsonaro, então tem uma etapa grande de readaptação e de identificação dos gargalos, a gente identifica isso com muita clareza em Brasília. Ainda é um governo que conhece pouco o Congresso e isso prejudica muito as negociações, deve passar por uma remontagem de ministérios agora nesses próximos dias, para que possa acomodar partidos especialmente representativos na Câmara dos Deputados e ampliar sua base”, afirmou.
O senador também discorreu sobre “acertos consistentes” da gestão federal, mas pontuou preocupações que, em sua avaliação, passam pela cabeça dos brasileiros.
“Acompanho muito de perto a questão da educação, a contração do ministério, da equipe que vem do Ceará, que é o melhor case de educação básica que você tem no Brasil já há muito tempo, gera uma expectativa muito positiva. A retomada das obras paralisadas da educação e da saúde, tem uma série de boas ferramentas em andamento. Mas a nossa expectativa, acho que de todos os brasileiros, é se nós vamos conseguir sustentar um ritmo de crescimento econômico, para ter emprego e renda, esse é o desafio principal, e o Congresso vai estar, nos seus limites, tentando ajudar”, finalizou.