Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta segunda-feira, 7, o ex-secretário da Educação Jorge Carvalho comentou sobre a participação dele no processo de implantação do ensino em tempo integral em Sergipe, à época, durante o governo de Jackson Barreto.
Na oportunidade, Jorge falou sobre as dificuldades enfrentadas durante a introdução do modelo e enalteceu a figura de Jackson Barreto como determinante para o êxito.
“O governador Jackson Barreto tem todos os méritos, porque bancou o projeto, enfrentou, à época, as incompreensões, e nesse particular, tenho que ser grato ao governador Jackson Barreto, que autorizou. Quando eu expus a questão ele disse: ‘Jorge, vamos enfrentar o problema, não vamos esmorecer, a gente tem que resolver o problema da qualidade de ensino em Sergipe’. Aquele estado que era o último colocado nos rankings nacionais de avaliação, hoje é o décimo segundo, e tudo isso eu atribuo aos resultados desse modelo de escolas que se implantou aqui”, relatou.
Segundo Jorge, a implantação do ensino integral já estava em andamento antes da posse de Jackson. Em suas palavras, o modelo, no entanto, seria descontinuado, mas acabou sendo retomado por Barreto.
“Quando a gente chegou na Secretaria da Educação, no dia 1º de janeiro de 2015, quando Jackson Barreto, governador eleito, foi empossado, o projeto que estava posto à mesa era de extinção do ensino integral. Entro na história, porque começo a trabalhar, e ao final do governo Jackson Barreto, em abril de 2018, saí da secretaria, Jackson saiu do governo, e nós deixamos 48 escolas de ensino integral implantadas em Sergipe”, disse ele.
O ex-secretário também falou sobre a resistência que o modelo recebeu de diversas esferas da sociedade durante a incorporação na Educação de Sergipe.
“Até trio elétrico foi colocado na porta de escola, na hora de realização da assembleia que ia decidir, para impedir a comunidade de ouvir o que estava sendo proposto, votar e decidir pela implantação do ensino integral. O projeto inicial do governador Jackson Barreto era de implantação de 60 escolas de ensino integral durante o governo dele, em face dessas dificuldades, a gente conseguiu ainda implantar 48”, explicou Jorge.
Entre as críticas, em suas palavras, estava a suposta falta de estrutura das escolas para suportar a jornada integral. A problemática, segundo o ex-secretário, foi resolvida com investimento na infraestrutura das unidades.
“Silenciosamente, o governo Jackson foi buscando mecanismos de financiamento e a gente vê com muita alegria, hoje, o governo do presidente Lula assinar um decreto transformando isso em um programa nacional. Não sem propósito, o professor que falou na solenidade, em nome de todos os professores brasileiros, foi um professor sergipano do Atheneu. O secretário da Educação que o Conselho Nacional de Secretários da Educação designou para representar o conselho na solenidade foi o secretário de Sergipe”, finalizou.