Na manhã desta terça-feira, 1° de agosto, o Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, entrevistou o ex-vice-prefeito de Itaporanga d’Ajuda, Francinaldo Alves, que fez uma avaliação sobre a gestão de Otávio Sobral, atual prefeito do município.
“Não tem como avaliar como boa essa gestão de Itaporanga. Na verdade, a avaliação que eu faço da gestão atual, eu e 90% dos munícipes é de que é a pior gestão da história de Itaporanga d’Ajuda”.
E complementa: “São vários problemas e, infelizmente, todos os setores de Itaporanga foram afetados. Uma má gestão afeta todos os setores. Por exemplo, na hora que você compromete a arrecadação financeira do município, que você não se organiza para que o município melhore a sua arrecadação, você vai comprometer eventualmente saúde, educação, mas o problema que a sociedade mais sentiu e sente na pele, é a questão da saúde pública. A gente presenciou cidadãos que morreram em Itaporanga d’Ajuda por falta de atendimento médico, e pior que isso, falta de uma ambulância para conduzir o paciente até o hospital, onde esse paciente pudesse ser atendido. Infelizmente não foi um caso isolado em Itaporanga. Chegamos a esse extremo de perder vidas por falta de atendimento médico no nosso município”, afirmou Francinaldo.
O ex-vice-prefeito relembra ainda a qualidade na oferta do serviço de saúde que o município prestava, mas que com a má gestão atual, ganhou outro status.
“É aquilo que sempre digo, esse problema não é um problema que vem acontecendo em todo o estado de Sergipe. Pelo contrário, Itaporanga era referência para Sergipe em muitas coisas e a saúde era uma delas… Várias pessoas de outros municípios vinham para serem atendidos na nossa urgência e saiam elogiando o nosso atendimento. Hoje, infelizmente, chegamos a um momento em que as pessoas (de Itaporanga) tem que procurar outros municípios para serem atendidas”, explicou.
Na oportunidade, Francinaldo rebateu ainda a alegação da administração vigente de que parte das dificuldades enfrentadas na gestão se dá por conta da queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“É dever dele fazer com que o município não perca arrecadação. O gestor não está ali simplesmente para ordenar despesas, porque se for assim, qualquer pessoa pode ser prefeito, governador ou presidente… O problema do município é financeiro, mas não é apenas porque diminuiu a arrecadação. Isso é uma sucessão de coisas que aconteceram no nosso município que fez com que Itaporanga chegasse a esse ponto… Nós éramos a sexta economia do estado de Sergipe, e hoje o repasse é de 1.2. De 3.2, caímos para 1.2 em arrecadação do ICMS… Para os dois próximos anos, esse índice vai cair de 1.2 para 0.99. Quebraram Itaporanga d’Ajuda”, lamentou.