Nessa última terça-feira, 30, foi realizada em Aracaju, a primeira audiência do caso do jovem de 23 anos que foi morto e esquartejado na Zona Sul da capital no ano passado. O corpo de Henrique José de Andrade Matos foi encontrado no dia 17 de dezembro, na área externa de um condomínio no bairro Farolândia.

Um colega de infância de Henrique, Ícaro Ribeiro da Silva, é apontado como o autor do crime. Ele foi preso preventivamente e denunciado por homicídio triplamente qualificado com destruição de cadáver e fraude processual.

De acordo com a advogada contratada pela família de Henrique, durante a audiência realizada ontem foram ouvidas as testemunhas de acusação e defesa. O acusado também foi interrogado e manteve uma alegação de legítima defesa. 

“Os próximos passos processuais serão executados até chegar a um júri popular, uma vez que foi um homicídio doloso. Ele (acusado) continua com a versão de legítima defesa, mas é uma versão incabível, e dentro das provas que já constam no processo, é uma tese desqualificada, comparado ao que existe no processo”, relatou. 

Para a mãe de Henrique, Noélia Andrade, o desejo é que o resultado dos procedimentos satisfaça o clamor de familiares por Justiça. 

“Eu gostaria muito que a Justiça desse andamento o mais rápido possível, é um sofrimento você perder um filho e depois estar sendo ouvida e estar em julgamento. Isso maltrata muito a gente, ficar relembrando o caso. Henrique era só um, era filho único, foi uma tragédia que a família não esperou na vida”, expressou.

A mulher afirma que continuará se movimentando e trazendo o caso à tona até a conclusão do processo.

“Eu tenho que fazer isso pelo meu filho, ele não merecia uma morte tão cruel e trágica dessa. Tenho que lutar, estou sofrendo muito, mas eu tenho que fazer isso. Meu filho não era nenhum marginal para morrer da forma que morreu, é muito complicado, mas eu espero a Justiça dos céus e dos homens. Que eu não morra antes de ver esse rapaz pagar o que ele fez com o meu filho”, finalizou.