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Jornal da Fan na Comunidade foi ao Guajará e deu voz às broncas do povo

Da redação

26/05/2023


Na manhã desta sexta-feira 26, o Jornal da Fan realizou mais uma edição do Jornal da Fan na Comunidade, que dessa vez aconteceu na comunidade do Loteamento Guajará, localizado em Nossa senhora do Socorro, município da Grande Aracaju.

Na ocasião, os ouvintes da Rádio Fan FM puderam conhecer as rotineiras dificuldades enfrentadas pelos moradores daquela região, no que diz respeito à precariedade de serviços essenciais e infraestrutura básica, situação que nessa época do ano, devido às chuvas de inverno, acaba se agravando e multiplicando os problemas do cotidiano para quem ali reside.

E queixas não faltaram. A comunidade se fez presente e colocou a boca no trombone. Em sua totalidade, os moradores do Guajará que foram ouvidos pelo jornal da Fan culpam a má gestão municipal não apenas pela não resolução dos problemas, mas também pela permanência deles há anos.

“Estou aqui aguardando ônibus, mas os ônibus estão ruins e as estradas estão horríveis. Não teve melhora nenhuma da manifestação e ninguém esteve aqui para ver nada. Só temos promessas do prefeito e, até agora, nada. Aqui é lama para todos os lados”, disse Cristina, moradora do Guajará.

Outra moradora chamada Zeza, reclamou do transporte público na região. “A gente paga passagem cara, mas aqui não fazem nenhum tipo de investimento. Moro aqui há sete meses e vejo o sofrimento do povo, que é o meu sofrimento também. Todos os dias vou trabalhar, dependo de transporte público e o pior mesmo é para voltar para casa. A volta é horrível por causa das condições da estrada. Agora em época de chuva, a situação só piora. A gente reclama e tudo, mas até agora ninguém faz nada para melhorar”, desabafou a moradora.

“Precisa de um carro de rali quatro por quatro para andar por aqui, porque a situação é precária. É tudo destruído. O pior lugar de Socorro é o Guajará. Não sabemos mais o que fazer, pois não temos os olhares de ninguém. Estamos em um ponto central da comunidade, que é a Avenida Perimetral, onde se iniciou uma obra há três anos, está parada, só fizeram 1ooo metros, uma obra que custou R4 1 milhão e 900 mil para fazer 1 km de asfalto, mas nem isso eles conseguiram. O que será dessa Prefeitura? É um descuido total, infelizmente”, disse Sávio, membro da comunidade do Guajará.

Lama sem fim e buracos intermináveis: essa é a rotina da comunidade do Guajará em tempos de chuva.

O secretário Municipal de Infraestrutura de Nossa Senhora do Socorro, Eliel Felipe, compareceu stand da Fan FM, de onde acompanhou de perto os reclames da população e passou qual o posicionamento da gestão municipal acerca dos muitos problemas relatados.

“A gente reconhece o direito dessa comunidade de cobrar e reivindicar. Também lamentamos que os avanços em relação a essas demandas foram mínimos. A Prefeitura iniciou algumas ações nessa região, mas nada avançou conforme o desejo da comunidade. A gente precisa avançar ainda mais, mas, infelizmente, temos algumas dificuldades aqui nessa região. Primeiro em relação ao solo, que dificulta muito a execução de obras” reconheceu o secretário.

Sobre a obra citada pelo morador Sávio, Eliel justificou o ocorrido dizendo que a empresa abandonou o empreendimento. “Essa obra foi realizada através de uma emenda parlamentar do senador Alessandro. A Prefeitura deu a ordem de Serviço e a empresa, alguns meses depois, abandonou. A Prefeitura entrou com uma ação judicial para impedir que essa empresa participasse de licitações aqui no município e estamos pleiteando a devolução do recurso para fazer uma nova licitação e executar essa obra de pavimentação no anel viário. O município enfrenta essas dificuldades, muito por conta dessas peculiaridades aqui da região, a questão do solo, as obras de pavimentação têm a necessidade de fazer a drenagem do solo, não tem como apenas colocar a pavimentação. Em locais onde a Prefeitura iniciou a correção do pavimento já existente, em alguns locais esse pavimento já está danificado. A nossa maior dificuldade aqui é com relação à drenagem e captação das águas”, justificou o secretário.

“Eliel não é novato, já participou da outra gestão e conhece a região do Guajará. O Padre Inaldo, quando se candidatou para prefeito pela primeira vez, veio aqui no Guajará e disse que a situação do Guajará ia mudar. Só que mudou, mas para pior. Eu tenho R$ 700 de IPTU ara pagar, mas o que eu vou pagar? Qual é a melhoria que tem aqui, que justifique pagar R$ 700 de IPTU”, esbravejou Sávio.

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