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Mário de Sandra diz que MDB hoje é liderado por “iluminados” e faz política “pra dentro”
Da redação
11/05/2023
Na manhã desta quinta-feira, 11, o Jornal da Fan entrevistou o prefeito de Muribeca, Mário de Sandra, que, aos 26 anos, conquistou a confiança da maioria da população do município, que o elegeu sob a proposta de construir uma nova política para o município.
Hoje, aos 28 anos, o jovem gestor é o herdeiro do legado político de uma das mais tradicionais famílias que constituem a cena política da cidade. Com a proximidade das eleições municipais, em 2024, Mário de Sandra foi questionado sobre quem apoiou na eleição do ano passado e sobre como ele e seu agrupamento se posicionavam politicamente, dentro do espectro estadual. Mário foi enfático.
“Estivemos aliados a Fábio Mitidieri e, salvo o deputado Federal Bosco Costa, nós apoiamos toda a base governista e tivemos vitórias importantes. O fenômeno Valmir, lá não chegou. A gente venceu lá com Fábio, no primeiro turno ele venceu as eleições e no segundo turno ele venceu novamente. Isso é algo que me deixa feliz, pois fui eleito em 2020 com a esperança de mudar. Quando a gente vê um resultado eleitoral com a gente no mandato, isso é prova de que o povo ratifica o nosso trabalho”, disse orgulhoso.
O prefeito Mário de Sandra, que é filiado ao MDB, aproveitou o microfone da Rádio Fan FM para tecer duras crítica ao próprio partido, legenda na qual chegou a fazer parte, provisoriamente, da executiva estadual. “Fui tesoureiro de Jackson, naquela época em que estávamos articulando (eu, particularmente, de boa fé), para que o MDB continuasse na base governista e fizesse parte daquele projeto. A questão é que hoje, infelizmente, eu não sei qual é o meu caminho partidário. Os iluminados que estão hoje na presidência precisam entender que eram 10 prefeitos; hoje já são oito”, disse Mário, se referindo à perda de representação política no cenário estadual.
Foi perguntado ao prefeito se, quando disse “os iluminados”, para se referir à presidência estadual do partido, ele estaria dizendo que os correligionários estão por fora da realidade política local, o gestor foi novamente incisivo: “Com certeza. Se o projeto nacional do partido, que é o que eu escuto em Brasília, é que agente construa um partido que se fortaleça em 2024, para que retome uma cadeira na Câmara ou no Senado Federal, não sei, mas que tenha presença em Brasília. Ele tem que acontecer agora. Não é um terceiro turno da Eleição 2022. A gente tem que tratar do partido e eu tenho um prazo limite, como todos os prefeitos e vereadores do partido têm, para que a gente construas as nossas bases locais. Eu creio que o MDB precisa, no mínimo, chamar os filiados para conversar, o que até agora não ocorreu. Essas reuniões com dois, três prefeitos do MDB, isso não representa a totalidade”, disparou o prefeito, ressaltando que nunca foi chamado para nenhuma reunião do MDB que não tem acesso à cúpula ou à liderança da legenda, no plano estadual, afirmando: “O acesso é melhor em Brasília do que aqui. Não existe isso. Temos que consolidar essa base do MDB. Já se perdeu dois deputados estaduais, um deputado federal, dois prefeitos. Sobraram oito. Se continuar com isso, de achar que a política é feita pra dentro, a gente vai perder todos”, disparou.