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Thiago de Joaldo comemora aprovação da reforma e critica postura "lacradora" de deputados
Da redação
07/07/2023
Na manhã desta sexta-feira, 7, o Jornal da Fan entrevistou o deputado federal por Sergipe, Thiago de Joaldo (PP), que falou sobre a votação e a aprovação do texto da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, que foi aprovado na noite de ontem, 06, em uma sessão que durou mais de 10 horas e adentrou a madrugada desta sexta-feira, 7. A votação contabilizou, no segundo turno, 375 votos favoráveis e 113 contras. Já no primeiro turno, a proposta, foi aprovada com 382 votos a favor e 118 contrários.
O deputado também trouxe alguns detalhamentos pertinentes à reforma e aproveitou para externar algumas críticas a respeito dos posicionamentos de alguns colegas de parlamento, com os quais ele não concorda.
“A conclusão de 100% da transição do sistema tributário atual sobre o consumo, para o que nós aprovamos na Câmara, ontem, ainda vai passar pelo Senado. Acredito que o Senado também vai contribuir com o aperfeiçoamento do texto. É para isso que servem as duas casas, uma inicia o processo, a outra faz uma revisão e, se houver mudança, retorna. A gente acredita que o texto pode ser aperfeiçoado, mas esse processo é para se iniciar de forma gradativa e a sua conclusão está prevista para 2703. São 50 anos de transição, não é nada que vai acontecer do dia para noite ou mudar a vida de ninguém num estalar de dedos”, pontuou o deputado.
Thiago também fez uma análise de como se deu todo o processo, desde o seu início, e fez questionamentos pontuais a respeito daqueles que recriminam a reforma. Para os críticos, o processo de votação foi acelerado e não deu margem para uma discussão e análise mais aprofundadas, o que o deputado rebate.
“Cheguei na condição de deputado federal em 2023, a Brasília. O grupo de trabalho foi estabelecido no mês de março, formado por 12 parlamentares de vários partidos e de diversas regiões do país, para começar a rediscutir um assunto que já tinha passado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Quem quis dialogar com o relator e com esse grupo de trabalho, levar sugestões e contribuir para o aperfeiçoamento do texto, teve a oportunidade”, ponderou Thiago.
Para ilustrar que houve, sim, tempo hábil para adotar uma postura participativa e realmente comprometida com a análise e aperfeiçoamento da PEC, o deputado citou uma contribuição direta de uma afrente parlamentar da qual ele faz parte, que contempla o setor da reciclagem com a garantia de creditamento de tributos.
“Tinha essa garantia na chamada Lei do Bem, teve uma contestação no STF, que está sob julgamento agora. A gente está tentando reverter essa situação, mas, por garantia, inserimos essa possibilidade dentro do texto e o relator acolheu, por entender a importância do setor de reciclagem. Dentro do Senado, vamos correr atrás da isenção do setor de reciclagem, para a gente entender a possibilidade de contribuição que este setor tem, tanto para a geração de emprego e renda para pessoas que são marginalizadas hoje, catadores e pessoas que têm, na reciclagem, sua alternativa de vida. Isso prevê não só benefícios sociais, mas possibilita que essas pessoas gerem benefícios para o meio ambiente. Veja, então, quem quis contribuir com a reforma tributária, de verdade, fez isso. Quem não…”, analisou.
O deputado se aprofundou ainda mais nas críticas, desaprovando a postura daqueles que, por questões ideológicas ou direcionamento político-partidário, apenas fizeram barulho para travar o andamento do projeto, mas que sequer buscaram se informa ou participar da construção da reforma, alguns demonstrando, inclusive, total desconhecimento técnico sobre a questão durante as sessões da Câmara.
“Fiquei surpreso de ver diversos deputados fazendo postagens contra a reforma, mas que, nos diversos eventos e debates promovidos pelo grupo de trabalho, aqui em Brasília e em diversas partes do Brasil, nunca participaram para dar sua contribuição. Vou dizer uma coisa que, hoje, já é consenso aqui em Brasília. Tem um pequeno grupo de deputados, principalmente deputados ligados à direita extremista (e digo isso com a maior tranquilidade, porque fui eleitor de Bolsonaro na eleição de 2022), que entenderam que determinado nicho da população brasileira não vai analisar o trabalho dos deputados pelas propostas que você leva para a Câmara, pelos projetos de lei, pelas propostas de emenda constitucional, pelos requerimentos e indicações ou pelo trabalho de visitas in loco a hospitais. Não. Eles já entenderam que existe uma parcela da sociedade que se satisfaz apenas com vídeos falando mal de Lula e falando mal do PT. E tem pessoas que consideram esses deputados, por esses vídeos, que eu digo que são vídeos lacradores, aqueles vídeos que o cara faz aquelas falas enaltecidas, acaloradas, esse é o cara que trabalha, na visão deles. Tem muita gente que não busca conhecer o trabalho efetivo de cada parlamentar para saber como cada um está contribuindo. A gente precisa estar trazendo essa atenção para essas pessoas, para que elas não se satisfaçam, pura e simplesmente, com vídeos lacradores de parlamentares”, disparou Thiago de Joaldo.