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Emília aponta uma herança de R$200 milhões em dívidas; Edvaldo nega: "A prefeitura está equilibrada"

Da redação

10/01/2025


A Prefeitura de Aracaju enfrenta atualmente uma dívida superior a R$ 200 milhões, conforme informado nesta sexta-feira, 10, pela Controladoria-Geral do Município. Os débitos envolvem uma série de serviços essenciais à cidade, como coleta de lixo, saúde, aluguéis de imóveis, além de outros contratos firmados com prestadores de serviços. Entre as pendências de maior destaque, encontra-se uma dívida de R$ 9 milhões com a empresa responsável pelos serviços de paisagismo, assim como débitos da Secretaria Municipal de Saúde com a empresa que administra o Hospital Nestor Piva.

O secretário-chefe da Controladoria, Paulo Márcio, afirmou que a dívida da administração municipal é estimada em cerca de R$ 200 milhões. “A Secretaria da Fazenda está realizando estudos para resolver a situação e honrar os compromissos assumidos, com base na ética, legalidade e na efetiva prestação de serviços”, declarou. O secretário também afirmou que as medidas necessárias para regularizar os pagamentos pendentes serão apresentadas em breve, após reuniões entre a prefeita, Emilía Corrêa, e os titulares das diversas pastas.

Além disso, foi informado que a Controladoria-Geral do Município também enfrenta dificuldades financeiras, com três meses de aluguel em atraso em relação à sua sede. Segundo Paulo Márcio, a situação de inadimplência abrange praticamente todas as secretarias, que acumulam débitos com prestadores de serviços. “Há uma dívida de quase R$ 9 milhões com a empresa responsável pelo paisagismo, e a Secretaria da Saúde também possui pendências com a empresa que administra o Hospital Nestor Piva. A situação se repete em diversas outras pastas”, acrescentou o secretário. No total, os débitos das diversas secretarias e entidades da administração indireta somam quase R$ 200 milhões.

A Prefeitura de Aracaju continua a avaliar sua situação financeira, enquanto se empenha para regularizar os pagamentos pendentes e garantir a continuidade dos serviços essenciais à população. O governo municipal assegura que, em breve, serão apresentadas medidas concretas de saneamento financeiro, com o intuito de restabelecer o equilíbrio fiscal e promover uma gestão pública mais eficiente e responsável.

O que diz gestão anterior

Em vídeo publicado nas suas redes sociais nesta sexta-feira, 10, o ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, negou as acusações, explicou os pagamentos realizados a médicos e fornecedores e destacou as medidas tomadas em sua gestão. “Normalmente, você paga uma fatura em um mês ou mês e meio, depois, pois a fatura precisa de um olhar de fiscalização para verificar em que conta o serviço foi pago. Então, normalmente, em todos os anos, nos meses de novembro e dezembro, as faturas ficam para serem pagas no exercício futuro, e isso é natural na gestão pública. Fui prefeito por 8 anos e, sempre, de um ano para o outro, as despesas de dezembro, que é o último mês, ficam para o mês subsequente, pois ainda não se tem todos os dados completos. A prefeitura está equilibrada”, disse Edvaldo.

O ex-gestor da capital ainda afirmou que deixou a prefeitura com R$ 850 milhões em caixa. “Eu deixei a prefeitura com R$ 850 milhões em caixa, sendo R$ 550 milhões do BID, R$ 300 milhões da venda da Deso e mais R$ 30 milhões referentes a operações dos terrenos na Coroa do Meio, ou seja, recursos suficientes para a Prefeitura de Aracaju”, pontuou.

Questionado sobre as possíveis irregularidades apontadas pela Controladoria, Edvaldo afirmou que houve controle adequado em sua gestão. “A Prefeitura de Aracaju recebeu o selo ouro do Tribunal de Contas e, em toda a minha gestão, eu tive fiscalização e transparência. Toda fatura é analisada pelo departamento que cuida da fatura e dos pagamentos, e, se não foi feita aquela quantidade ou não foi gasto a quantidade de recursos necessários, você paga menos”, finalizou Edvaldo.

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