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Oposição realiza protestos na Venezuela contra posse de Maduro
Da redação
09/01/2025
Partidos de oposição e seus apoiadores se mobilizam em protestos por todo o território venezuelano nesta quinta-feira , 9, em um esforço para pressionar o presidente Nicolás Maduro, a um dia de sua posse para um terceiro mandato de seis anos.
Ambos os lados, oposição e chavistas, reivindicam a vitória nas eleições de 28 de julho. A autoridade eleitoral e o tribunal superior, sob controle chavista, declararam que Maduro saiu vitorioso nas urnas, mas os resultados detalhados nunca foram divulgados.
O governo de Maduro, que acusa a oposição de instigar conspirações contra o regime, ameaçou prender o líder opositor Edmundo González, caso ele retorne ao país, além de ter detido figuras chave da oposição e ativistas antes da cerimônia de posse.
Atualmente em visita à República Dominicana, González prometeu estar presente em Caracas para a posse no dia 10. A oposição, por sua vez, afirma que González, de 75 anos, venceu de forma esmagadora, apresentando contagens de votos como prova. Além disso, diversos governos ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos, o reconhecem como presidente eleito.
A líder da oposição mais popular, María Corina Machado, que foi barrada de concorrer nas eleições de 2024, também se comprometeu a participar dos protestos nesta quinta-feira. Sua participação marca sua primeira aparição pública desde que entrou em um período de reclusão em agosto.
Machado, de 57 anos, tem incentivado os manifestantes a tomarem as ruas pacificamente e tem apelado para que membros da polícia e das Forças Armadas, que supervisionaram as seções eleitorais, apoiem a vitória de González. “Neste momento, em toda a Venezuela, estamos nos encontrando nas ruas… a cada vez somos mais. Serenidade e firmeza. Mantenham-se concentrados. Nos vemos agora!”, escreveu ela no Twitter.
Maduro, que está no poder desde 2013, conta com o forte apoio das Forças Armadas e dos serviços de inteligência, controlados por aliados próximos ao ministro do Interior, Diosdado Cabello. “Estou convencido de que nada acontecerá”, afirmou Cabello em entrevista à TV estatal na segunda-feira. “Mas isso não significa que vamos baixar a guarda.”
O governo reforçou a segurança militar em Caracas, especialmente ao redor do Palácio de Miraflores, enquanto se espera que o partido governista também organize uma marcha.
Com informações do G1