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Em Sergipe, mais de 80% da população indígena vive em áreas urbanas

Da Redação

19/12/2024


Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em 2022, 82,51% da população indígena sergipana residia em áreas urbanas do estado. No restante do país esse percentual equivale a 53,97%. Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira, 19. 

Segundo o censo, a população indígena do Brasil corresponde a 0,83% dos habitantes do país, um total de 1 694 836 pessoas. A Região Norte concentra a maior parte, 44,47% (753 780 pessoas) e a maior parcela das localidades indígenas identificadas, 60,20%.

Quanto ao percentual de população indígena residindo em situação urbana, a região Sudeste destaca-se com 77, 25%. Na sequência, aparece o Nordeste com 62,3%. Do outro lado, a população indígena rural se sobressai no Centro-Oeste (62,05%) e no Sul (58,2%). Já no Norte, há um equilíbrio: metade dos indígenas vive em área urbana e metade em ambiente rural.

São consideradas localidades indígenas todos os lugares com aglomerados permanentes de 15 ou mais moradores indígenas, seja em áreas urbanas ou rurais. Elas incluem aldeias, comunidades, sítios, acampamentos, instituições de acolhimento e outras formas de organização socioespacial dessas populações.

O Amazonas é o estado com o maior número de localidades indígenas. São 2.571, 30% do total. Em seguida vêm Mato Grosso com 924 (10,78%), o Pará com 869 (10,14%) e o Maranhão com 750 (8,75%). Já Sergipe apresentou um total de 4.710 residências indígenas. 

Das 8.568 localidades indígenas mapeadas no Censo 2022, 6.130 (71,55%) estão localizadas em terras indígenas declaradas, homologadas, regularizadas ou encaminhadas como reservas. Outras 2.437 (28,44%) encontram-se fora dessas áreas.

Idade e gênero

O novo recorte compartilhado pelo IBGE revela ainda que a população indígena urbana é mais velha do que a população indígena rural. Entre aqueles que residem em locais urbanizados, foi registrada uma idade mediana de 32 anos, três a menos do que os 35 anos da população total do país. Já os indígenas que vivem em áreas rurais integram uma população bem mais jovem. A idade mediana apurada foi de 18 anos.

Outro dado que aparece na nova divulgação envolve o gênero dos residentes indígenas. Em áreas rurais, há predomínio da população masculina. São 105,71 homens para cada 100 mulheres. Nas zonas urbanas, a situação se inverte. São 90,25 homens para cada 100 mulheres, mais próximo da média nacional da população total que é de 91,97 homens para cada 100 mulheres.

*Com informações da Agência Brasil

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