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Hospital de Cirurgia realiza primeiro procedimento de estimulação cerebral profunda pelo SUS em Sergipe

Da redação

18/12/2024


Foto: Governo de Sergipe

O Hospital de Cirurgia (HC), por meio do Serviço de Neurocirurgia, realizou o primeiro procedimento de estimulação cerebral profunda deep brain stimulation (DBS) no estado de Sergipe, utilizando o Sistema Único de Saúde (SUS). A técnica, considerada referência mundial no tratamento da Doença de Parkinson, traz uma nova esperança para pacientes que sofrem com essa condição debilitante.

O procedimento tem como objetivo aliviar os sintomas da Doença de Parkinson, uma condição neurológica que provoca dificuldades motoras, cognitivas e progressivas, como tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. A técnica consiste na inserção de eletrodos em áreas específicas do cérebro, que são conectados a um dispositivo neuroestimulador, semelhante a um marca-passo, implantado sob a pele.

“Para nós, foi motivo de grande satisfação realizar esse feito inédito pelo SUS. Pela primeira vez, um paciente com Parkinson, que não possui plano de saúde e não teria condições de arcar com o custo do procedimento de forma particular, teve acesso a esse tratamento. O material utilizado é de alto custo, e essa é uma grande conquista para o Sistema Único de Saúde. No Brasil, são poucos os hospitais que oferecem esse tratamento pelo SUS, o que reforça a importância do Hospital de Cirurgia como um dos melhores centros de neurocirurgia do país, com tratamentos de alta densidade tecnológica e uma equipe médica altamente qualificada”, afirmou o diretor técnico do HC, o neurocirurgião Dr. Rilton Morais.

A cirurgia foi realizada em um paciente de 49 anos, que se tornou o primeiro a ser beneficiado pelo procedimento de estimulação cerebral profunda pelo SUS em Sergipe.

De acordo com o Dr. Jorge Dornellys, especialista em neurocirurgia do HC, esse caso ilustra como o DBS pode transformar a vida de pacientes com Parkinson. “O paciente apresentava discinesias graves, que são movimentos involuntários causados pelo uso da levodopa, principal medicamento utilizado no tratamento da doença. Com a implantação dos eletrodos, conseguimos ajustar progressivamente os sintomas e as doses dos medicamentos. Em geral, entre três e seis meses após a cirurgia, os pacientes apresentam uma melhora de pelo menos 70% na qualidade de vida”, explicou Dr. Dornellys.

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