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"No meu ponto de vista ele é capacitista", diz presidente do Conser sobre edital de concurso da PM

Da Redação

05/12/2024


Em entrevista ao Jornal da Fan nesta quinta-feira, 5, o presidente do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades (Conser), Antônio Luiz, afirmou que a falta de vagas para pessoas com deficiência no edital do concurso da Polícia Militar de Sergipe pode ser tratata como capacitismo.

“O que a gente fez foi fechar os olhos para a emenda constitucional e dar supervalorização ao edital, que no meu ponto de vista ele é capacitista”, afirmou ao que complementou. “Uma pessoa com deficiência já é um combatente por natureza. E não é um edital, ou quem escreveu esse edital, que vai dizer da capacidade ou da incapacidade da pessoa com deficiência. O que se quer é a oportunidade de trabalhar, é a oportunidade de mostrar para a sociedade que nós podemos servi-la como qualquer outro cidadão”, argumentou.

O presidente ainda comentou a justificativa da Polícia Militar sobre a falta dessas vagas no edital, que seria somente para soldados e oficiais combatentes, não havendo a possibilidade da contratação de PCDs.

“O que é combatente? Será que combatente só é aquele cidadão, aquela pessoa que vai embarcar, desembarcar na viatura, pegar em armas, correr atrás? Será que, por exemplo, atrás de um drone ou atrás de um sistema tecnológico ou numa investigação velada não se estaria combatendo? Será que a pessoa com deficiência para ser efetiva, para mostrar que é um trabalhador para a sociedade, ele só precisaria unicamente da questão física mesmo? Será que as forças policiais são só o enfrentamento físico?”, questionou.

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