Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil no final de 2022 para impedir a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. O relatório final do inquérito vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF concluiu que há indícios do envolvimento dos indiciados nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Agora, fica a cargo da  Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados, e à Corte, julgá-los.

O indiciamento acontece dias após militares e um policial federal serem presos pela PF por suspeita de planejarem a morte do presidente Lula.

Segundo informações obtidas pela CNN Brasil, a conclusão da PF foi de que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de dar um golpe de Estado e mantê-lo na Presidência.

Entre os indiciados, também há ex-integrantes do governo Bolsonaro, como os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI; e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também foi enquadrado no inquérito.