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Bittencourt enaltece feriado do Dia da Consciência Negra: “Um dos mais imprescindíveis"

Da redação

21/11/2024


Ainda sobre a entrevista concedida ao Jornal da Fan, desta quinta-feira, 21, o vereador Professor Bittencourt, que também é professor de história, falou sobre o Dia da Consciência Negra, que pela primeira vez foi celebrado como feriado nacional. Bittencourt apoiou a medida e disse que é uma forma de destacar um acontecimento importante na história brasileira. 

“Se os feriados existem de modo a destacar um acontecimento, ou fazer uma provocação fundamental na sociedade brasileira, esse é um dos mais imprescindíveis feriados, digamos assim. Tem sentido objetivo real a existência desses feriados, se os feriados existem para destacar e homenagear, ou chamar a atenção para um grande acontecimento”.

O Dia da Consciência Negra relembra o dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, e reacende discussões sobre o combate ao racismo na sociedade brasileira. Por estigar um debate social pertinente, o vereador reforça de que a data não é somente importante para os negros, mas sim para toda a sociedade.

“ O chamado do Dia de Consciência Negra, ou Dia de Zumbi do Palmares também, que é o Dia da Morte de Zumbi do Palmares, é uma ação que não diz respeito, como digo sempre, interesse a negros apenas. Se você é um cidadão civilizado, se você é um cidadão que exige respeito, que exige ser tratado na plenitude da sua cidadania, o senhor e a senhora devem ser também um instrumento contrário a toda forma de discriminação, preconceito racial em especial. Portanto, é um dia que diz respeito ao interesse de todo e qualquer cidadão no Brasil. O preconceito é uma pecha ruim para todo o Brasil, porque ele diz respeito à construção e à legitimação de que uma parcela expressiva da sociedade merece ser tratada com menos cidadania, é menos cidadão, porque historicamente, para justificar esse acontecimento desastroso, danoso, criminoso, perverso que foi a escravidão no Brasil, instituída desde o início do século XVI, era preciso desumanizar o negro, desqualificar o negro, objetificar, coisificar o homem e a mulher negra. E nós somos herdeiros dessa ideia até os dias de hoje.”, pontuou o professor. 

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