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"Algo dentro da nossa Ordem está fora de ordem", diz Ana Lúcia, candidata à presidência da OAB/SE
Da redação
14/11/2024
Como parte das ações da cobertura especial sobre as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE), em sequência à rodada de entrevistas com os candidatos, o Jornal da Fan desta quinta-feira, 14, entrevistou a advogada Ana Lúcia (Chapa 3). Na conversa, ela destacou a oportunidade de uma mulher assumir pela primeira vez a presidência da ordem.
“Esse é um espaço que a gente está buscando ocupar. 89 anos na história da nossa instituição e nós não tivemos ainda uma mulher para que possa gerir a advocacia sergipana, que possa gerir os destinos da nossa instituição, voltada especificamente para a sua função social, que é o de cuidar da advocacia, estar para cuidar da nossa profissão. Esse é um ponto. O fato de sermos mulheres, isso não nos torna mais difícil de chegar, o que nos torna a caminhada um pouco difícil é justamente os obstáculos que se colocam. Se colocam obstáculos, por exemplo, de fazer divisões, de dizer que o momento é de um outro posicionamento. Então nós mulheres precisamos sim ocupar esse espaço. Espaço para que a gente possa justamente mostrar como trabalhamos, como devemos acolher, como devemos abraçar, mas principalmente pelo nosso ato de coragem, de poder gerir com competência, com experiência e inclusão”, analisou Ana Lúcia.
A candidata da chapa 3 falou ainda sobre a possibilidade de mesclar a advocacia contemporânea com advocacia mais experiente, em busca da equidade de gênero.“ Nós não podemos deixar de lutar, nós não podemos deixar de estar juntas para que a gente possa ocupar esse espaço, e na nossa instituição OAB não é diferente. Nós sabemos da misoginia que nós sofremos, nós sabemos de vários e vários pontos que a nossa instituição, ela não faz essa defesa da paridade, ela não nos defende como deve ser. É uma maquiagem, e é como eu digo, algo dentro da nossa ordem está fora de ordem, nós sabemos disso. Então esse é um dos pontos que nos fez colocar o nosso nome, que nos fez essa união da advocacia contemporânea com a advocacia jovem, com os novos colegas, lideranças, para que a gente possa abrir essas portas. Esse é um papel”, reforçou.