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Diretora da EBC destaca diferencial da comunicação pública: “A participação da sociedade na construção”
Da redação
04/11/2024
Durante o Jornal da Fan desta segunda-feira, 4, Narcizo Machado conversou direto de Brasília com Maíra Bittencourt, diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Entre os assuntos, Maíra destacou as principais diferenças entre a comunicação pública e privada.
“No Brasil, a gente tem um processo de chegada da televisão, principalmente, diferente de outros países. Enquanto na maior parte dos países a comunicação pública é predominante e a comunicação privada vem como complementar, aqui no Brasil o movimento foi diferente, foi ao contrário. Então, a gente tem a consolidação da comunicação privada e, por último, chega a comunicação pública nacional. […] O que é comunicação pública? Então, é essa produção de conteúdo voltada para a sociedade e com participação da sociedade. O grande diferencial da comunicação privada, que ela é complementar a comunicação pública, está nessa possibilidade de participação social e nesse olhar voltado à cidadania, aos conteúdos que tem um aspecto mais cultural e de educação”, explicou Maíra.
A Diretora-Geral também detalhou parte do trabalho desenvolvido pela Empresa Brasil de Comunicação e destacou a função da dupla em seu exercício.
“A EBC cumpre aqui no Brasil tanto o papel de Comunicação Pública quanto o papel de Comunicação Governamental, e é daí que vem essa confusão um pouco: ‘Mas a Comunicação do Governo é Comunicação Pública?’. A gente tem uma configuração um pouco diferente no Brasil, de outros países, que a mesma empresa pública. Então, a EBC é uma estatal, e essa mesma empresa pública, ela faz a comunicação governamental em um dos seus canais, e faz comunicação pública em outro”, reforçou.
Ainda segundo Maíra, hoje a instituição trabalha para prover uma estrutura formal de participação social na EBC. Na oportunidade, ela ressaltou a abertura de um edital para que entidades e movimentos sociais componham os comitês que vão discutir a comunicação pública no país.
“A gente entende que esse é o grande diferencial, a participação da sociedade na construção, nas diretrizes de conteúdo, entendendo qual o caminho necessário para aquilo que a gente está fazendo efetivamente esteja a serviço da sociedade, consiga contribuir com a sociedade e ampliar as discussões sociais importantes de cada momento. […] Essas instituições inscrevem os nomes e depois vamos ter um momento de votação ampla via plataforma Brasil Participativo, e qualquer pessoa em qualquer lugar do país vai poder votar nesses nomes”, completou.