Bastidores

Por Narcizo Machado

Todas as pesquisas publicadas apontam que Emília Corrêa será a primeira prefeita de Aracaju. É a quebra histórica de um tabu e a confirmação de que esta, era a campanha das mulheres.

A vitória de Emília Corrêa está, classificada pelo nobre amigo e jornalista, Jozailto Lima, como “acachapante”. E será. Ela deve, se os institutos estiverem corretos, ultrapassar os quase 58% que Edvaldo Nogueira conseguiu em 2020. Sendo assim, a maior votação dada a uma campanha vitoriosa em segundo turno na capital.

A vereadora buscou ao longo dos últimos anos, se empoderar como a mais forte voz da oposição em Aracaju, e chega com a promessa de “furar a bolha do sistemão”.

A vitória de Emília é como toda vitória eleitoral, a soma de acertos. Nunca mudou de posição, manteve-se neutra em 2022 não seguindo Valmir de Francisquinho em apoio ao PT, fez uma aliança enxuta para esta eleição e todas dentro do mesmo campo da oposição, e ao passar para o segundo turno, evitou desgastes.

Desgastes que poderiam ter surgido caso assumisse publicamente o apoio em bloco do grupo de vereadores ligados a André Moura ou formalizasse o engajamento de petistas ligados a Rogério Carvalho em sua campanha.

Emília assume uma Aracaju organizada, com obras e recursos em caixa e com salários em dia. São grandes os desafios, há muito por se fazer. Além de muitas promessas. Chega com grande expectativa.

Outro feito desta vitória de Emília, será o enfraquecimento do PT, que deixa de ser a segunda maior força da oposição em Sergipe, ultrapassado agora pelo PL que terá seis prefeituras, dentre as quais Itabaiana e Aracaju, que são fortes em influência eleitoral.

Derrota também o agrupamento governista, com Luiz Roberto estavam juntos, Edvaldo Nogueira e Fábio Mitidieri e tantas outras lideranças a exemplo de Laércio Oliveira.

Passada a eleição, é hora de torcer para que esta seja a melhor administração que Aracaju já teve, é o que o povo e os eleitores que apostaram em Emília merecem.