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Um médico é vítima de violência no Brasil a cada três horas, aponta levantamento do CFM
Da redação
22/10/2024
Foto: Marcelo Leal/ Unsplash
Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que um médico é vítima de violência enquanto trabalha em um estabelecimento de saúde no Brasil a cada três horas.
A entidade considerou a quantidade de boletins de ocorrência (BOs) registrados nas delegacias de Polícia Civil dos estados e do Distrito Federal entre 2013 e 2024.
Na série histórica, foram contabilizados 38 mil boletins de ocorrência (BOs) em que médicos foram vítimas de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal, difamação, entre outros crimes, dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros, laboratórios e outros espaços semelhantes.
Fazendo um recorte do território sergipano, foram emitidos 310 boletins de ocorrência no mesmo período.
Segundo o levantamento, 47% dos registros no Brasil são contra mulheres. Há, inclusive, registros de mortes suspeitas de médicos dentro de estabelecimentos de saúde.
Em 2013, foram registrados pouco mais de 2,6 mil BOs em que um profissional da categoria sofreu algum tipo de violência. Esse número chegou à marca de 3.981 casos em 2023, a maior da série histórica. Isso significa dizer que, em média, apenas no ano passado, foram contabilizados 11 boletins de ocorrência por dia no país.
O que fazer
Em caso de ameaça, o médico deve registrar ocorrência na delegacia mais próxima ou online; informar, por escrito, às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar sobre o ocorrido; e apresentar dados dos envolvidos e testemunhas. Ele deve encaminhar o paciente a outro colega, se não for caso de urgência e emergência.
Se a ocorrência envolver agressão física, o CFM indica o seguinte: comparecer à delegacia mais próxima e registrar o BO (haverá necessidade de exame do corpo de delito); apresentar dados dos envolvidos na agressão e de testemunhas; comunicar o fato imediatamente às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar para que seja providenciado outro médico para assumir suas atividades.