Bastidores
Por Narcizo Machado

O senador Alessandro Vieira fez duras críticas aos vereadores Sheyla Galba e Ricardo Marques, que são seus aliados.

Segundo o senador, os parlamentares reclamam de atenção, mas não foram competentes para apresentar projetos para destinação de emendas. A declaração foi em entrevista à jornalista Katia Santana.

Em resposta, Ricardo Marques joga para Alessandro a responsabilidade e, como aliado, alerta “uma “casa” dividida fica enfraquecida”.

Leia na íntegra

“Estou na política a convite do senador Alessandro. Entrei por acreditar num sonho de mudança para Aracaju e Sergipe, afinal, um mesmo grupo está no poder há 30 anos.

O senador faz um mandato técnico elogiável, no qual procuro me espelhar, porém sei que temos estilos de fazer política diferentes. Mas sou de grupo e tenho buscado no Cidadania levantar a autoestima dos filiados depois de duas derrotas em campanhas majoritárias.

Na fala, o senador chamou a mim e à Sheyla de incompetentes, por não apresentar projetos para receber emendas dele. Eu fiquei surpreso, estive com o senador para apresentar três projetos como ele pediu.

1 – A reforma da praça do bairro América, que inclusive gravei vídeo com o próprio senador lá na praça. Ele me disse que ia conversar com Edvaldo, mas que achava difícil ele fazer pela prefeitura; e/ou disse que outra opção seria via Ministério do Turismo pelo governo do estado. É que me daria retorno. Espero até hoje

2 – Também solicitei emenda para reforma e construção de escola na zona de expansão de Aracaju. Marcamos para sentar com o secretário da educação Zezinho Sobral. De última hora o próprio senador disse que não poderia ir porque tinha outro compromisso. O secretário Zezinho me recebeu e ficou animado com a possibilidade de receber emenda de Alessandro, inclusive sugeriu que eu usasse um pedaço em outro projeto da Seduc. Alessandro ficou de remarcar a reunião, mas não aconteceu até hoje.

3 – O terceiro projeto do nosso mandato seria o mais simples, na minha ótica, porque seria para enviar emenda para secretaria da saúde de Aracaju para diminuir a fila de exames como ultrassom, ginecológicos, entre outros. Também nunca fui procurado pela equipe do senador.

No mais, continuo atuando como vereador e dedico meu mandato a fazer projetos e a ouvir e dar voz a uma população esquecida pelo poder público. Estou no primeiro mandato e tenho 36 projetos de lei apresentados na Câmara Municipal de Aracaju.

Toda semana estou em órgãos fiscalizadores, levando demandas desse povo que muitas vezes não sabe nem onde fica o MP, o TCE, ou mesmo a defensoria pública.

Meu mandato não se resume apenas a gabinete e ar-condicionado. Meu mandato não se resume apenas a audiências públicas. Mesmo sendo difícil lutar sendo oposição, eu sempre escolhi ficar ao lado dos esquecidos.

Na política, a gente tem que somar e não dividir. Até porque uma “casa” dividida fica enfraquecida e não chega em lugar nenhum”.