No segundo dia de rodada de entrevistas com os candidatos a prefeito de Aracaju, o Jornal da Fan desta sexta-feira, 27, entrevistou Niully Campos (PSOL). Durante a entrevista, a candidata analisou as relações políticas dos adversários no pleito e discordou da projeção de Emília Côrrea sobre desbancar o “sistemão” nas eleições, apontando que a candidata do PL faz parte do mesmo sistema. 

“Emília, que disse que vai furar a bolha sistemão, mas que na verdade sempre fez parte do sistema, porque está ligada às velhas oligarquias em Sergipe, aos irmãos Amorim, está ligada à violência do bolsonarismo, que pregou, vocês sabem, teto de gasto, corte de gasto da educação, passa boiada no meio ambiente, anti-vacina, anti-ciência, queria dar o povo cloroquina ao invés de vacina. A gente viveu os quatro anos de Bolsonaro, a gente conhece a violência contra os nossos corpos nesses anos”, apontou Emília.

Durante resposta sobre tarifa-zero nos ônibus, Niully também falou sobre os candidatos do agrupamento governista, onde alegou que estes não seriam adotam esta medida pois fazem parte da mesma conjuntura política, e disparou contra os adversários.

“Nós vamos fazer. Quem não pode fazer é quem está fazendo licitação fraudulenta, quem não pode fazer é quem está há 16 anos numa gestão, mas não saiu a licitação em Aracaju, quem não pode fazer é quem representa esse mesmo agrupamento político, mesmo que agora estejam episodicamente separados. A gente tem aí a Yandra de André, que faz parte do mesmo agrupamento do governador, nós temos Danielle, nós temos Luiz, que não é nós, Luiz é o prefeito, Luiz é Mitidieri. Danielle também na primeira oportunidade se abraçou ao sistema, então nós temos candidatura que estão episodicamente separadas, mas representam esse mesmo projeto de cidade e é por isso que eles não vão entregar ônibus de graça para a população, embora muitos agora estejam prometendo,  porque agora eles entenderam a política e estão tentando enganar o povo para ter voto. Do mesmo jeito a gente tem em Aracaju a extrema-direita. A própria Yandra de André, veja, é duplamente perigosa, representa quem já está no poder e representa também a violência de uma política, de uma política fascista, de uma política do ódio e a política de Bolsonaro”, expressou.