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Debates da Fan: um show de debate qualificado e de confrontos empolgantes
Por Narcizo Machado e colaboração de Diego Rios
25/08/2024
Na quarta-feira, 21, a constatação de que não cheguei ao nível de Willian Bonner para repetir em tom ameno por várias vezes, “candidato por favor”, mandar cortar microfone, e emparedar os desequilíbrios com parcimônia. Mas, vamos tratar do que importa, facistas não merecem destaque.
No debate de São Cristóvão, todo peso ficou nas costas do candidato Júlio de Marcos Santana. Ele manteve seu perfil técnico, mas sentiu a estreia. Daía estava livre para aproveitar cada segundo e soube fazer isso. Já o candidato Diego Prado, que não compareceu ao debate, mostrou despreparo e usou de mentiras. Aliás, uma atrás da outra, e todas desmontadas. Após os fatos, vai ter que ralar muito para convencer o eleitor de que fala a verdade.
Nossa Senhora do Socorro foi esmiuçada por boas participações de Clécia Carvalho, que soube ser perspicaz e inteligente. Samuel Carvalho, com a vantagem da experiência de pleitos anteriores, portou-se maduro e seguro. Coronel Pontual aproveitou bem seu espaço. Carminha argumentou problemas na coluna para não comparecer, não convenceu, mas ficou protegida. Na sexta-feira, já curada, participou de extensa caminhada.
Chega então o debate sobre Aracaju. O maior dos shows da democracia. Todos as sete candidaturas principais participaram. Com direito a uma plateia apaixonada que vibrava, provocava, ria e contestava cada detalhe.
Foi um clima estonteante. De quem foi a vitória? Da democracia. A diversidade de ideologias, propostas, histórias, partidos, estavam ali representados em cinco mulheres e dois homens. O primeiro pleito em que o número de mulheres disputando a Prefeitura de Aracaju é maior. Histórico para o protagonismo feminino.
No afã de confrontar Yandra Moura, a estreante em debates, os adversários deram a ela a possibilidade de concretizar sua estratégia e foram efetivamente enredados, nenhum deles tirou Emília da frente dela e poderiam tê-lo feito. Chances não faltaram aos que abriram os blocos.
Emília Corrêa manteve seu padrão contundente, mas foi afetada por um nervosismo incomum. Yandra mostrou segurança e chamou Emília para três sequenciados debates. Luiz Roberto seguiu seu padrão técnico, dominador de dados e preparo, não teve maiores prejuízos, nem destaque. Atacou Danielle em confrontos, usando a estratégia correta de debater com quem concorre.
Danielle Garcia foi precisa nas propostas, sortuda com o tema Segurança Pública no segundo duelo com Luiz e muito inteligente no último.
No campo da esquerda, Niully mostrou mais preparo e segurança. A petista Candisse tentou a todo custo puxar o debate para a pauta Lula.
Zé Paulo surfou sozinho na radicalidade do conservadorismo, não tinha adversários nesse campo.
No fim, a Lei do Retorno, que nos fez merecer o coroamento de esforços coletivos, determinação, coerência e credibilidade.
NOTAS DA SEMANA
Dados de audiência no Debate
Maior audiência, até aqui, no YouTube. Pico de 3.200 pessoas assistindo simultaneamente. Já ultrapassado, em menos de 24 horas, mais de 23 mil visualizações. No Instagram, mais de 10 mil interações. Um sucesso de audiência. Lembrando que quem assiste debate é público formador de opinião, ou seja, capazes de influenciar na percepção de vários setores do eleitorado.
Comparação de repercussão nas redes deles
Emília Corrêa destacou sete trechos de seu desempenho no debate. Danielle Garcia colocou oito. Yandra não participou do anterior. Neste da Fan, fez oito publicações. Candisse fez sete postagens. Luiz Roberto fez 10. Para Niully Campos rendeu cinco. Zé Paulo colocou cinco. Invariavelmente, o debate da Fan rendeu mais conteúdo que o anterior para os candidatos e candidatas.
Debate prestigiado
Várias autoridades acompanharam o Grande Debate da Fan, realizado no Colégio Módulo. Os três senadores, Alessandro Vieira, Laércio Oliveira e Rogério Carvalho, a deputada federal Katarina Feitoza, o prefeito Edvaldo Nogueira e o secretário Jorginho Araújo.
Cabo Zé declara apoio a Sérgio
Líder histórico do grupo bole-bole, o ex-prefeito e ex-deputado estadual, Cabo Zé, declarou apoio ao candidato Sérgio Reis (PSD) em Lagarto. A declaração tem caráter histórico, já que Cabo não exerce mandato há algum tempo. Mostra o clima de confluência pró Sérgio, que a campanha vive na cidade.
Sérgio líder nas pesquisas
O Instituto Opinião publicou na última sexta-feira, 23, uma pesquisa com o cenário da disputa em Lagarto. Sérgio lidera com 44,6%, Rafaela 37,2%, Professor Benizário 4,3%, Nulo/Branco 5,8%, Indecisos 4,7%, Não Opinou 3,4%. Registro no TSE SE-00981/2024. 750 entrevistas, margem de erro 3,5%. 95% de intervalo de confiança. Realizada entre os dias 17 e 19 de agosto.
Deso, 55 anos
A Deso completa hoje 55 anos de serviços prestados aos sergipanos. É uma companhia que já passou por vários comandos, tem seus altos e baixos, e nunca conseguiu levar água potável e tratamento de esgoto para todos os 75 municípios. O Governo acredita que a concessão parcial dos serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto será uma maneira de preservar a companhia e melhorar seus serviços.
Deso, 55 anos II
É fato que a Deso não será vendida. A companhia continuará sendo patrimônio do Estado. Os serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto serão repassados para uma concessionária atuar ao longo dos próximos 35 anos, com a responsabilidade de ampliar os serviços, alcançando as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento. A Deso continua como uma empresa pública responsável pela captação e tratamento de água bruta.
Deso, 55 anos III
Na próxima quarta-feira, 28, as propostas das concessionárias interessadas serão recebidas pela Bolsa de Valores B3, em São Paulo. O resultado da análise das Garantias de Propostas será divulgado no dia 3 de setembro, e, no dia 4 de setembro, vai acontecer um leilão para definir a empresa que ficará responsável pelos investimentos de mais de R$ 6 bilhões.
Análise debate
Para avaliar o desempenho dos candidatos e das candidatas à Prefeitura de Aracaju, fizemos um resumo, e, em alguns casos, com opiniões.
2º Bloco
Candisse x Yandra
Candisse fez escolha certa, pois era Yandra a estreante em debates e um dos alvos para quem quer chegar ao segundo turno. Ao mesmo tempo, deu à deputada o que ela queria, na próxima nota você entenderá. Candisse acertou ao escolher como primeira temática os servidores públicos, apresentou possíveis contradições do plano de governo da deputada, mostrando que se preparou, e utilizou a estratégia de atacar o vice, Belivaldo Chagas, a quem chamou de “o pior da história”, e o pai da candidata, André Moura, ressuscitando o voto na reforma trabalhista. O problema é que Candisse não os nominou, com isso tirou o peso da provocação. A petista puxou memória de Déda e Lula como exemplos de respeito e valorização dos servidores, buscando levar o debate para o seu campo.
Yandra foi inteligente e não caiu na armadilha, aproveitou inicialmente para prometer ser “a prefeita dos concursos”. Deixou as críticas passarem e se debruçou em propostas para o funcionalismo público, com fala afável e bem articulada.
Yandra x Emília
Era o confronto esperado da noite. E Yandra deve agradecer a Candisse por tê-la chamado para ser a primeira a responder, possibilitando assim com que ela confrontasse Emília. Fez questionamento sobre a pauta das eleições 2024: as mulheres. E colocou a pergunta no tom certo, de forma a tentar empurrar Emília em contradição entre a luta contra às violências que atingem as mulheres e o tempo de atuação da vereadora. Conseguiu o que queria, Emília ‘levantou a bola’ ao lembrar ser presidente da Procuradoria das Mulheres na Câmara de Aracaju. Yandra buscou enfatizar que Emília tem problemas entre o discurso, as possibilidades de atuação e a prática. Como também é parlamentar e tem atuação na temática, Yandra argumentou ser mais atuante que a adversária e chamou Emília de omissa, “essa senhora, nada fez”.
Emília iniciou nervosa. Caiu na estratégia de Yandra. Foi para o discurso mais duro. Não citou suas ações, se enalteceu e afirmou que “Aracaju conhece Emília”. Presunção de informação nunca é uma boa saída. Deveria ter apresentado dados da sua trajetória, que, sem dúvidas, deve ter. No contra-ataque a Yandra, Emília disparou afirmando que a deputada usa de “fake news”, a chamou de “patricinha”, “protótipo e produto de André”, “produto daquilo que ninguém quer”. Torcidas foram ao delírio.
Emília x Zé Paulo
Do ponto de vista de se apresentar como uma candidata de propostas, escolher Zé Paulo pode-se considerar um erro. Ele é o mais desconhecido entre os adversários, efetivamente o novo não só pelo partido. Por isso, e não por incompetência, não tem conteúdo do ponto de vista da prática. Emília saiu de um debate quente e amornou. Talvez ter chamado Luiz Roberto, representante de Edvaldo, contra quem tem se apresentado como ‘antídoto’, fosse melhor. Usou da crítica aos que só querem “se locupletar” para saber sobre Educação. Na sua explanação, criticou a gestão de Edvaldo pela distribuição de tablets a crianças sem alfabetização e apresentou suas propostas. Já pensou essa abordagem num confronto com Luiz?
Zé Paulo é preparado. Fez sua análise de conjuntura da rede municipal, citando o déficit de creches e apresentando o que enxerga de problemas na Educação, com dados do Ideb.
Zé Paulo x Luiz Roberto
Acertou no adversário, Luiz Roberto foi chamado ao confronto. Zé só errou no tempo da pergunta. Apresentou novamente dados do Ideb, e comparou gastos com servidores efetivos, temporários e comissionados para correlacionar a não realização de concurso com os resultados do exame que mede a qualidade de aprendizagem. O candidato foi inteligente ao buscar exemplos de gestões de seu partido para tentar convencer o eleitor aracajuano.
Luiz Roberto começou seguro, mas ‘posturado e calmo’. Calmo até demais. Ele domina informações da gestão, apresentou dados. Respondeu inicialmente, de forma direta, que defende concurso público e que a suposta contradição entre temporários e concursados já estaria sendo resolvida com o certame já aberto para a Educação. Argumentou avanços na avaliação do Ideb e defendeu o avanço tecnológico do sistema educacional em Aracaju, além da melhoria na estrutura das escolas. Tudo dentro do seu papel de candidato da situação.
Luiz x Danielle
Luiz manteve debate em seu campo: enaltecer a gestão de Edvaldo para argumentar a necessidade do ‘avanço’. Questionou a delegada sobre infraestrutura. Dominou dados dos investimentos, citou as comunidades periféricas que receberam obras, defendeu contratação dos empréstimos, possíveis pelo equilíbrio fiscal, e mostrou, mais uma vez, conhecimento da cidade ao responder a Danielle que a comunidade apresentada com problemas teria seu problema resolvido com as obras da avenida Perimetral. Fez bem seu papel.
Danielle Garcia foi equilibrada ao reconhecer a importância das obras, pontuou críticas por estarem sendo realizadas neste momento de fim de gestão e relacionou de forma indireta ao período eleitoral, boa estratégia para uma opositora. Se contrapondo à defesa da gestão feita por Luiz, a candidata citou uma comunidade onde se deparou com problemas de infraestrutura não resolvidos. E finalizou trazendo o debate para seu campo, a Segurança Pública, ao defender uma visão de correlação entre investimento em infraestrutura, progresso e impactos na Segurança. Ambos não levantaram o tom.
Danielle x Niully
Danielle manteve o debate em seu campo: Segurança Pública. Acertou. Demonstrou ter se preparado para o debate ao questionar Niully, citando proposta do plano de governo da socialista que defende a desmilitarização das Guardas Municipais. Se opôs a medida, argumentou avanços sentidos em Sergipe e disse que não é a desmilitarização a solução, e sim a constante capacitação de policiais e guardas para uma ação sem discriminação e mais humanizada, além de investimento em videomonitoramento na cidade.
Niully é uma oradora eloquente. Não há um só tema que ela aborde que não o faça com veemência e empolgação. Defendeu a sua proposta com os argumentos ideológicos, disse que implementaria videomonitoramento nos guardas municipais e aproveitou para criticar as “feministas de ocasião”, atacando Emília e Yandra por representarem o “bolsonarismo”.
Niully x Candisse
O piso dos professores foi a pauta. Também mostrando ter se preparado para o debate, Niully questionou Candisse sobre a ausência da proposta de pagamento do piso salarial para os professores em seu plano de governo. No arremate, Niully defendeu o pagamento do piso, descongelamento de gratificações, citou os demais servidores da Educação, defendeu mais creches, e conversou sobre mães atípicas. Garantiu ser possível fazer tudo isso, “reorganizando o Orçamento”.
Candisse explicou que não citou expressamente o piso dos professores, porque pensou “na valorização como um todo”. O que englobaria, formação, capacitação e o piso, mas tudo “de acordo com as contas do Orçamento, mas com responsabilidade”. De certa forma, Candisse reforçou os argumentos de Edvaldo que se nega a atender o pedido do magistério pelos impactos financeiros no Orçamento e na Previdência. Para tentar amenizar, Candisse falou sobre a retomada do Orçamento Participativo.
Bloco 4
Zé Paulo x Yandra
Após dois blocos obrigado a abordar Educação, um por opção e outro por causa do sorteio, Zé Paulo coloca a Saúde em pauta. Ele apresenta críticas e pergunta sobre a proposta da deputada para solucionar os problemas. Na retomada, Zé Paulo mostrou suas propostas, citando realidade e soluções, com bastante equilíbrio e parcimônia.
Yandra afirma que Aracaju tem déficit de Postos de Saúde e os que existem precisam de reestruturação. Citou nominalmente medicamentos que estariam em falta. Fez uma fala com linguagem popular, “tirar essa danada dessa análise para fora de Aracaju”. Referência à resposta padrão que as pessoas recebem nas unidades de Saúde quando buscam marcação de exames e consultas. Defendeu ampliação das UPA´s e criaçã do primeiro hospital municipal tipo 2. Além de outras propostas, detalhadas com firmeza e empolgação. Por fim, partiu pra cima da gestão de Edvaldo, afirmando ter havido contrato superfaturado na maternidade Lourdes Nogueira.
Yandra x Emília
Yandra, como dizem, ‘veio virada no Jiraya’. Essa só vai entender quem assistia desenhos animados na década de 1980. A candidata teria sido acusada, por Emília, de não respeitar os idosos. Em tom firme e mostrando repúdio, Yandra lembrou Reinaldo Moura, citou as avós e apresentou proposta para esta parcela da população. Atacou Emília de “candidata vazia”, “desequilibrada” e questionou o que ela teria de propostas para os idosos, além do que considerou ser muito, “blá-blá-blá”. Após provocada sobre transparência, falou da proposta de aplicativo para a população monitorar.
Emília foi inteligente. Vendo a sensibilidade de Yandra ao citar o avô, entrou com tom de voz mais tranquilo, saiu inicialmente da pauta proposta, para falar em Transparência. Usou dessa estratégia para dizer que se preocupa com “quem se aproxima da gestão”. Acusou a gestão de Edvaldo de não ser transparente e lembrou que Luiz é seu candidato. Com muita perspicácia, Emília chamou a adversária de “Yandra de André”, e continuou a defender que só com transparência pode-se fiscalizar, numa clara insinuação à inevitável vinculação de Yandra com seu pai. Com o tempo de Yandra finalizado, Emília surfou na vinculação de Luiz, Danielle e Yandra, chamando-os de “governistas” e candidaturas de “gabinete”. Ao final, citou “derrame de dinheiro”. Neste, Emília soube gerir o tempo para fechar o embate com a palavra final. Méritos!
Emília x Danielle
Neste momento, Emília tem a oportunidade de questionar a Luiz. Mas parece ter sido orientada a não confrontar com ele. Ela chama Danielle e põe na pauta a licitação do transporte público, suspensa por liminar. Emilia criticou o lançamento da licitação no “apagar das luzes” e disse que, se concretizada, ela iria “beneficiar empresários”, não favorecendo a população. Ao ser indiretamente chamada de “covarde”, Emília lembrou que Danielle queria ser a candidata do grupo governista e só após negativa “veio por fora”.
Danielle criticou o fato de a licitação ter vindo no final da gestão Edvaldo. Mas, não perdeu a oportunidade de também criticar Emília, dizendo que ela deveria ter sido mais contundente nas cobranças enquanto vereadora. Remontou ao debate anterior e voltou a dizer que Emília errou em 2020, ao não oferecer seu apoio no segundo turno daquele pleito. Passeou por sua atuação no combate à corrupção e voltou a ligar a imagem de Emília a uma postura de “covardia”.
Danielle x Luiz
Danielle teve a oportunidade de demarcar espaço no terreno da oposição a Edvaldo. Teve três confrontos com Luiz, dois provocados por ele e o último por ela. Garcia empurrou Luiz contra o tempo, lembrou de fato negativo para a imagem dele enquanto gestor da Emsurb, trazendo o episódio de ambulantes tendo mercadorias apreendidas no período da pandemia e quis saber de Luiz sobre propostas para combate à fome e a pobreza. Dois questionamentos em um. Sagaz. Danielle ainda deu uma cutucada na fala técnica de Luiz, “eu vou traduzir para vocês”, e aí citou dados da pobreza e cobrou sensibilidade com a população em vulnerabilidade social, apresentando suas propostas.
Luiz ficou encurralado, mas não tergiversou, confirmou o problema existente com o ambulante, inclusive localizando corretamente o período cronológico dos fatos, e relembrou que o servidor envolvido na confusão foi afastado. Citou soluções para diminuir a informalidade e mostrou, mais uma vez, conhecimento técnico. Com as duas provocações, teve dificuldade na gestão do tempo, mas, ainda assim, conseguiu apresentar novas propostas para o combate à fome, como as “cozinhas solidárias”.
Luiz x Candisse
Luiz questiona Candisse sobre Turismo. Ela não responde de primeiro e joga pra cima do candidato governista a realidade de mulheres em fila de espera por cirurgia de endometriose. Luiz não cedeu da pauta e retomou a discussão Turismo, mantendo sua linha técnica. Para não deixar de citar política para as mulheres, Luiz defende as ações da maternidade Lourdes Nogueira com dados, refuta superfaturamento denunciado por Yandra anteriormente e cita novas propostas.
Candisse, mais uma vez, usa uma estratégia perigosa, sai da pauta e põe outra assunto no debate. Ela cita algo grave, denuncia a fila de mulheres esperando por cirurgia de endometriose. Ao invés de responder o que foi questionada, joga o problema no colo de Luiz. Por fim, critica a política de Turismo, e traz o discurso petista citando ação do Governo Lula e defendendo como prioridade o “cuidado com as pessoas”.
Candisse x Niully
Tarifa Zero foi a pauta proposta por Candisse para a repetição desse confronto. Ao defender a proposta, Candisse cita fontes de financiamento de forma aleatória, sem uma clareza de como a proposta seria implantada. Defender que é possível é mais fácil que efetivamente implantar.
Niully defende a sua proposta, que nomeia de ‘busão 0800’. Cita cidades onde algo semelhante é feito, mas também não é direta em explicar a forma de financiamento. Quanto custaria? De onde tirar? As soluções apresentadas pareceram mais suposições que realidades, tendo em vista que algumas delas são legalmente fonte de renda para a iniciativa privada, a exemplo das propagandas nos ônibus. Mesmo citando dados e possibilidades, faltou mais assertividade.