O registro da história nos faz homenagear Inácio Barbosa e Pirro pelo brilhantismo do projeto de criação da nossa amada Aracaju. Houveram erros que pagamos por eles até hoje com eternos alagamentos, mas, no papel, era brilhante. O que temos de problemas em Aracaju são realidades comuns em várias capitais: a expansão imobiliária desordenada e sem fiscalização por décadas, que nos custa caro até hoje.

E quando as agruras se acumulam numa cidade não é o prefeito ou prefeita o primeiro a ser interpelado e cobrado, são os vereadores. A vereança é o exercício de fazer política ‘carregando pedra’. Deixemos um pouco de lado o fato de que muitos são eleitos sob a força do assistencialismo e do poder econômico. Não é fechar os olhos para o crime eleitoral, apenas analisar por outro ângulo.

Em Aracaju, ser vereador com base política em uma determinada comunidade se aproxima do cotidiano de quem exerce o cargo em cidades pequenas do interior. A falta de comida, emprego, a hora da morte, o financiamento do lazer, tudo recai nos ombros dos parlamentares municipais.

A passagem mais cara do ônibus, os problemas de limpeza e de ausência de calçamento, todo tipo de cobrança passa primeiro pelo vereador e pela vereadora. E o que seria de Aracaju nestes seus 168 anos se não fossem bons e comprometidos parlamentares que tivemos?

Sem citar nomes e bons exemplos e não esquecendo de atestar de que também há e houveram muitos descompromissados, é inequívoco que muito do que foi resolvido e do que está por ser resolvido, se deve à atuação dos e das edis.

Que a sociedade volte os olhos com mais critério na escolha de seus representantes na Câmara de Aracaju, temos muito por fazer e precisamos de mentes qualificadas na nossa representação. Uma saudação a quem faz jus ao cargo.

NOTAS DA SEMANA

Parlamento desconhecido
Uma pesquisa recente mostra que quase 80% da população aracajuana não sabe quantos vereadores temos. Índice bem próximo a esse são dos que nunca foram a uma sessão e sequer sabem o papel que deve ser exercido pelo vereador.

Zezinho fica
Fábio enterrou as especulações de que trocaria o comando da Educação retirando o vice Zezinho Sobral. A exoneração, que circulou nas redes sociais, é em virtude da viagem de Fábio aos Estados Unidos e da necessidade de Zezinho assumir o governo interinamente.

Seria crise sem lógica
Indo bem na condução política por aglutinar forças antes adversárias, retirar Zezinho do comando da Educação seria criar uma crise sem lógica e Fábio, ao que parece, não está para erros políticos nesse início de governo.

Motivo da viagem de Fábio
Não é férias ou descanso, é um momento familiar. Uma das filhas de Fábio Mitidieri e Érica estuda nos Estados Unidos e receberá um prêmio da instituição. Por óbvio, pediu a presença dos pais e foi atendida.

Nitinho recebe crítica
A postura do vereador Nitinho em colocar seu nome para 2024, e em alguns momento criticar o prefeito Edvaldo Nogueira na Câmara, não está sendo bem vista pelos líderes do agrupamento governista, muitos criticam e pedem cautela.

Nitinho na mira
Um vereador revelou que está esperando apenas o ‘momento certo’ para ir para cima de Nitinho e criar um embate na Câmara de Aracaju. Segundo o vereador será ‘um cacete’ bem dado. O clima pode esquentar.

Katarina e o fogo amigo
A deputada federal Katarina Feitoza tomou, como ‘fogo amigo’, a nota da semana passada desta coluna, quando registramos a impressão de dependência que ela estaria passando para a bancada sergipana. Ela revelou que chegou a registrar a contrariedade em um grupo de WhatsApp com a presença das demais lideranças do PSD.

Katarina está fria e erra
Se fosse aquela velha brincadeira do ‘quente ou frio’ diria que Katarina está fria. Não foi fogo amigo e não saiu do PSD. Não revelarei, mas a impressão foi passada com relatos de fatos e por mais de uma fonte. Para além disto, é um erro a deputada achar que esta coluna se prestaria a este serviço.

Um exemplo para Katarina
Se esta coluna trabalhasse com ‘fogo amigo’ teria embarcado numa informação que tenta vincular a deputada a fatos que foram revelados esta semana sobre uma autoridade em investigação. Por responsabilidade com nosso leitor, não embarcamos em ilações.

Katarina cobra solução
Em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e com o ministro Padilha esta semana, a deputada Katarina Feitoza fez importante fala em defesa dos estudantes pobres que passaram para o IFS, só que residem no interior e estão sem acesso a transporte. Para ela, o governo deve tomar para si a responsabilidade já que o IFS é federal. “Quem sabe da realidade somos nós que estamos nos nossos estados”, disse a delegada cobrando solução. Boa iniciativa.

Passa do tom
A assessoria de Yandra Moura precisa dosar um pouco a ânsia de fazer parecer que a deputada ‘chegou chegando’ e tem espaços privilegiados na Câmara. Todos sabem que isso é André e não Yandra. A deputada vai bem, aborda temáticas importantes, por isso, não precisa ‘passar do tom’.

Indenização ao Estado
Alessandro Vieira relatou favoravelmente para a aprovação na Comissão de Assuntos Sociais do projeto de lei obriga traficante de drogas a pagar indenização ao estado quando condenado. Boa iniciativa, difícil é imaginar que com tantos recursos a serem acessados, alguma indenização seja paga. Mas já vale a intensão.

Rogério no sertão
O senador Rogério Carvalho permanece na agenda de visitar as regiões para agradecer a votação que obteve em 2022. Esteve na sexta-feira no sertão sergipano e reuniu lideranças colocando seu mandato à disposição.

Se comunica mal
O ministro Márcio Macedo se comunica mal com os sergipanos. Ao longo dos últimos meses foram várias as pautas importantes retomadas pelo Governo Fedeeal e Márcio não comunica o impacto das medidas para Sergipe. Com a estratégia, é difícil se reposicionar e ganhar status de grande liderança no estado.

Sérgio sai e Manoel chega
Sérgio Reis deve pedir licença da Assembleia Legislativa de Sergipe esta semana e voltar à secretaria de Representação de Sergipe em Brasília. O vereador Manoel Marcos assume. Na Câmara de Aracaju, Zezinho do Bugio assume e deve ter o mandato questionado na Justiça, já que deixou o PSD.