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Amantes do off-road: com destino a São Paulo, sergipanos percorrem mais de 3 mil quilômetros por estradas vicinais
Da redação
04/04/2024
Amantes do off-road de alta performance e desbravadores, três amigos sergipanos idealizaram uma expedição por estradas vicinais que chegou ao fim nessa última quarta-feira, 3. Tendo São Paulo como destino final, os aventureiros partiram de Lagarto e percorreram cinco estados do Brasil, enfrentando condições extremas do tempo, como calor e frio intensos, além de adversidades mecânicas.
O termo ‘off-road’ é utilizado para atividades esportivas realizadas em locais desprovidos de estradas pavimentadas ou de fácil acesso e trâmite. Elas podem ser praticadas em diferentes categorias, utilizando carros e caminhonetes, motocicletas, caminhões e UTVs.
O último, que designa a sigla em inglês para veículos utilitários de tração, é uma classe multitarefa que tem funcionamento similar ao de um quadriciclo. Há quase 30 anos, essa é uma das paixões do sergipano Swedoni Frazão, um dos organizadores da iniciativa.
Ele classifica a jornada como provedora de uma “limpeza mental”, mas ressalta o espírito de liderança que teve de ser mantido para guiar os participantes.
“Isso é interessante, porque são oito amigos, mas são oito cabeças, e muitas vezes há horas de dificuldade, chega uma hora que alguns já querem parar, então foi um desafio conduzir a turma para não haver nenhuma discussão, nenhum problema. Tem dia em que todo mundo está com a cabeça quente e alguém tem que estar à frente para tentar equilibrar os ânimos das pessoas”, disse ele.
O início da expedição foi no dia 22 de março, e o grupo percorreu mais de 3 mil quilômetros, passando por cinco estados e mais de 50 cidades, entre unidades federativas históricas como Andaraí (BA), Tiradentes (MG), Ouro Preto (MG), Visconde de Mauá (RJ), Aparecida (SP) e Campos do Jordão (SP).
De acordo com Swedoni, oito UTVs saíram de Sergipe, mas outras três pessoas integraram o grupo em Ouro Preto, totalizando 11 participantes. Ele também ressaltou a lição deixada pela experiência.
“Desde que a gente se programe, tenha muita fé e força de vontade, a gente consegue fazer e realizar os nossos sonhos. Tudo programado, tudo certo, isso pra mim foi a primeira, foi a maior lição, pra mim e pra todos. E a união, porque teve um caminho que a gente pegou que ninguém passava lá há mais de três anos. Nós fomos desbravando e superando todo dia um desafio”, completou.
A preparação para essa aventura durou 98 dias, já que desde o ano passado os idealizadores se envolveram na pesquisa de locais propícios para o trajeto, na montagem do roteiro e na manutenção de contato com outros praticantes do esporte em outros estados.
“Também pesquisamos com outros grupos, eu tenho amigos em Minas Gerais e perguntava: ‘Pessoal, eu estou fazendo esse trajeto, alguém pode me indicar qual seria a melhor rota?’. E hoje em dia, com o WhatsApp, a gente consegue estar se comunicando, muitas pessoas falaram para ter cuidado em algumas situações, então isso foi muito importante para a gente concluir o nosso objetivo”, finalizou.