A Prefeitura de Aracaju oficializou, nesta terça-feira, 4, a mudança do nome do prédio onde funciona o Centro Cultural de Aracaju como Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município.
A lei tinha sido aprovada na Câmara de Vereadores de Aracaju no dia 24 de outubro, e faltava a sanção do Poder Executivo Municipal. A autoria foi do vereador Isac Silveira, do União Brasil.
Segundo a gestão municipal, a mudança de nome para Palácio-Museu Luiz Antônio Barreto simboliza, além do reconhecimento ao legado do pesquisador, o fortalecimento da identidade cultural de Aracaju e o compromisso da Prefeitura em manter o espaço como um ambiente vivo, aberto à arte, à educação e à memória do povo sergipano.
Centro Cultural
O Centro Cultural de Aracaju, administrado pela Secretaria Municipal da Cultura (Secult) e pela Fundação de Arte e Cultura Cidade de Aracaju Funcaju, é um dos mais importantes equipamentos culturais da capital. O local, que é o marco zero da capital e o prédio mais antigo da cidade, abriga exposições de arte, mostras fotográficas, espetáculos e ações formativas que estimulam o diálogo entre tradição e contemporaneidade. Instalado em um prédio histórico, o centro se tornou um ponto de encontro entre artistas, pesquisadores e o público, reafirmando diariamente o papel da cultura como instrumento de identidade, pertencimento e desenvolvimento social.
Luiz Antônio Barreto
Nasceu em Lagarto, Sergipe, em 10 de fevereiro de 1944, filho de João Muniz Barreto e Josefa Alves Barreto. Ainda que nascido no interior, grande parte de sua trajetória foi construída em Aracaju e outros centros culturais do estado.
Na juventude, Barreto buscou formação diversificada: cursou Direito em Aracaju e no Rio de Janeiro, e estudou música e literatura, o que o dotou de uma base intelectual ampla para suas investigações culturais. Essa versatilidade também se refletiu no modo como ele abordava o tema da cultura, não apenas como algo erudito, mas como um fenômeno vivo, que pulsa nas tradições populares, no folclore, nas festas populares, nas memórias locais.
Barreto foi jornalista, escritor, pesquisador e gestor público. Dirigiu a Galeria de Arte Álvaro Santos (1971–1973), foi Secretário Municipal de Educação e Cultura de Aracaju (1979–1981), Secretário de Estado da Cultura (1995–1997) e Presidente da Academia Sergipana de Letras (1981–1983). Publicou 29 livros e atuou com destaque na imprensa e em instituições como a Fundação Joaquim Nabuco e o Centro de Pesquisas de Sergipe (PESQUISE). Faleceu em Aracaju, em 17 de abril de 2012.










