Em entrevista concedida ao Jornal da Fan nesta terça-feira, 4, a Professora, Defensora Publica e candidata ao Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sergipe (OAB/SE), Carla Caroline falou sobre as bandeiras que levanta e evidenciou a sua trajetória profissional. A entrevista é a sexta de uma série que será feita com os candidatos ao cargo destinado à advocacia no Tribunal de Justiça do Estado
Na oportunidade, a advogada ressaltou os motivos que a fizeram entrar na disputa: “Por volta de 2018 começou um movimento forte dentro da OAB para a paridade na eleição para a Diretoria. Após essa conquista e a mudança da gestão, eu continuei irmanada no grupo de mulheres e também com o Movimento da Advocacia Negra, reivindicando a ampliação de políticas institucionais para representatividade, tanto de mulheres, quanto de pessoas negras […] Mas quais serão os nomes que nós colocaremos à disposição da advocacia para poder disputar esse espaço? Porque não adianta a gente reivindicar um espaço se não existem pessoas para disputar esses espaços. E foi dentro desse contexto de construção coletiva que surge o nome Carla Carol, dentro do contexto do movimento Quinto Negro”, explicou.
A respeito do seu percurso na advocacia, ela enfatizou: “Eu acredito que a minha trajetória na advocacia é muito fundada na advocacia cotidiana, é o que eu chamo de advocacia de vtrincheira. […] Eu conheço a realidade do advogado associado, eu conheço a realidade do advogado militante, do advogado autônomo […] Vivendo dignamente da sua advocacia, sem grandes sobrenomes por trás, sem grandes escritórios por trás. Dentro da minha trajetória, isso faz muita diferença, porque isso é uma intimidade com a advocacia verdadeira, com a advocacia que é pé de Fórum”.
Ao ser questionada sobre apresentar propostas ou levantar bandeiras, ela destacou: “não me coloco entre propostas e bandeiras, até porque as minhas propostas fazem parte das minhas bandeiras de luta” e reforçou: “Eu levanto a bandeira do acesso à justiça. Eu levanto a bandeira da justiça humanizada, que estará atenta às questões de Direitos Humanos e eu defendo prerrogativas […] a minha bandeira de luta, ela é o alicerce, a base de todas as minhas propostas enquanto desembargadora”.
Questionada sobre a importância das ações afirmativas na eleição do Quinto, ela descreve como “aurora dos novos tempos” e justificou: “Antes, quando a gente via a disputa do Quinto Constitucional, a gente sempre via a advocacia sergipana desanimada, frustrada, queixosa, dizendo sempre: ‘isso é um jogo de cartas marcadas’. Acredito que a política afirmativa que foi implementada, embaralha o jogo. […] não estamos dizendo que o próximo, o próximo desembargador ou desembargadora vai ser uma mulher negra como eu, mas pode ser, porque nós temos um ambiente aberto para o diálogo, para a conversa, para apresentar proposta, para apresentar perspectivas”, disse.
A advogada finalizou a entrevista reforçando a sua aptidão para ocupar o cargo e apresentando o seu número. “Eu estou pronta para representar a advocacia. Eu acredito que posso ser um canal de interlocução entre as necessidades dos advogados e advogadas e o Poder Judiciário. Eu espero ter a oportunidade de representá-los nessa lista sêxtupla, lembrando sempre advogado e advogada que você tem direito a seis votos. E dentre esses seis votos, um voto está reservado para ocupar a vaga de uma mulher negra. E eu espero ser a mulher negra da lista. Pela minha trajetória, pelo meu compromisso com a pauta de Direitos Humanos, pelo trabalho que eu já prestei à advocacia sergipana. No dia 19, vote 19”, concluiu.










