Em entrevista concedida ao Jornal da Fan desta segunda-feira, 3, o Deputado Estadual Cristiano Cavalcante e o pré-candidato a Deputado Estadual Carlinhos de Brejo Grande falaram sobre um vídeo que circulou nas redes sociais em que Cristiano acusa Carlinhos de transferência indevida de títulos e sangrar os cofres públicos de Brejo Grande.
Perguntado sobre a denúncia de transferência de título, Carlinhos negou: “Isso é uma inverdade. Até porque não se transfere 2.000 títulos. Evidentemente que, no processo eleitoral, se retiram títulos novos daqueles jovens que até então não tinham idade para tal. E se teve alguma transferência, evidentemente não foi na ordem de 2.000 títulos. Nós tivemos aí uma diferença de 1.800 votos e ele acusa que o nosso agrupamento ganhou a eleição porque transferiu 2.000 títulos”, justificou.
Em relação a acusação de “sangramento dos cofres públicos” ele refutou: “Eu estou e tenho sido um gestor presente, que tem buscado resolver os problemas de Brejo Grande, e eu acho que ele me acusar de usar recursos públicos para pagar a pré-campanha e a campanha para Deputado Estadual, é uma acusação leviana, até porque eu tenho 57 anos de idade, sou filho de um homem respeitado, que, graças a Deus, construiu história e patrimônio, e eu, ao longo da minha carreira jurídica, ao longo desse tempo, eu construí sim patrimônio suficiente para arcar com as minhas despesas pessoais e arcar com as minhas despesas de campanha e todos os projetos”.
Por outro lado, Cristiano Cavalcante reafirmou as acusações feitas: “Quando eu falei de transferência de títulos, é porque várias pessoas da minha cidade receberam propostas e algumas até transferiram o título para Brejo Grande. E aí, eu tive a curiosidade de analisar o número de eleitores da cidade de Brejo Grande, isso é um documento público, tá lá no site do TRE de Sergipe: o número de eleitores em 2020 é um, em 2022 é outro número e em 2024 é um número ainda maior. Então, o crescimento do número de eleitores é realmente desproporcional ao número de habitantes. Hoje em Brejo Grande tem mais eleitores do que habitantes”.
Na oportunidade, o deputado falou que teria como provar as alegações: “Inclusive, eu soube que já existe até um pedido de recontagem do número de eleitores da cidade de Brejo Grande. E isso é importante. Eu recebi áudios de funcionário da Prefeitura de Brejo Grande dizendo: “eu tenho mais moral do que você para perguntar porque eu transferi mais títulos”. […] Então, eu não tô aqui fazendo uma acusação leviana”.
Em relação ao sangramento dos cofres públicos, ele explicou: “Quando eu falei que sangrava, eu não estou acusando de desvio de recurso, eu não estou querendo dizer isso ainda. Mas eu estou falando o seguinte: existem quase 1.000 funcionários públicos na Prefeitura de Brejo Grande, com 70 concursados. Então, é uma disparidade muito grande e que denota que existem pessoas demais na gestão. Então, quando se fala em sangrando é porque uma prefeitura como Brejo Grande, como um vereador essa semana fez uma denúncia, que não tem merenda, mas ao invés de ser investido em merenda, [investe em] muita gente para trabalhar. Então, são essas situações que nós falamos ali. Mas, volto a dizer: não sou Tribunal de Contas, eu não sou da Justiça. Se quem tem que resolver são eles”, concluiu.










