Uma criança de 10 anos passou mal após participar da Maratona de Aracaju, realizada no último domingo, 26. A Speed Produções e Eventos, organizadora da corrida, confirmou que a inscrição para a corrida foi feita de forma irregular, com dados falsos de um adulto. Em entrevista, o pai admitiu que burlou regras da competição.
De acordo com as normas da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), a idade mínima para participação de provas com mais de 21km é de 20 anos. A organização do evento destacou que na inscrição da criança, foi utilizada uma data de nascimento correspondente a um adulto de 42 anos.
“Além disso, o responsável realizou duas inscrições com o mesmo CPF, sendo uma no nome do titular e outra posteriormente alterada para o nome do filho, com dados divergentes da realidade”, afirmou a organização do evento em nota oficial, divulgada nas redes sociais.
O pai do menino admitiu, em entrevista concedida à Rede Rio FM, que burlou as regras da competição para inscrever o filho.
“Infelizmente eu não fiz da maneira correta se não ele não poderia participar, eu tive que colocar a data de nascimento dele alterada pra ele poder realizar o sonho dele”, assumiu.
A assessoria da Speed Produções e Eventos ressaltou que durante o percurso, fiscais da Federação Sergipana de Atletismo (FSA) identificaram a presença da criança no quilômetro 14,5 e alertaram o responsável de que o menor não poderia continuar.
Porém, o homem ainda assim decidiu seguir com o filho até o fim da maratona. A arbitragem registrou o atleta em mais três pontos de fiscalização antes da chegada, quando a inscrição dele foi automaticamente desclassificada.
Segundo relatos de participantes, o menino apresentava, no final do percurso, fortes dores e sinais de exaustão.
“Na hora da largada tinham mais de 10 mil pessoas e ele estava escondido no meio da multidão. Quando a corrida foi se distanciando, deu pra ver que tinha uma criança no meio, e os fiscais falaram ‘você não pode estar aí, você não pode estar na prova’, mas ele não obedeceu. E como a rua é pública, os fiscais da corrida não podem chegar e tirar uma pessoa da rua”, explicou a assessoria.
A empresa salientou que todas as provas seguem integralmente as normas e regulamentos oficiais da CBAt e destacou que que fraudar o sistema de inscrição é uma conduta grave que coloca em risco a integridade física dos atletas.










