Implanon será oferecido pelo SUS; Ministério da Saúde planeja entregar 500 mil dispositivos neste ano

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O implante contraceptivo popularmente conhecido como Implanon será disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que o medicamento esteja disponível em unidades básicas de saúde (UBS) ainda no segundo semestre. 

A opção é considerada vantajosa em relação aos demais contraceptivos em razão da longa duração, pois age no organismo por até três anos, e alta eficácia.

Em nota, o ministério informou que a decisão de incorporar o contraceptivo ao SUS foi apresentada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) nessa última quarta-feira, 2,

Ainda segundo a pasta, uma portaria para oficializar sua incorporação à rede deve ser publicada nos próximos dias. A partir disso, áreas técnicas da pasta terão 180 dias para efetivar a oferta, o que envolve etapas como atualização de diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do insumo, capacitação e habilitação de profissionais, entre outras ações.

O plano, segundo o ministério, é distribuir 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda este ano. O investimento será de cerca de R$ 245 milhões, atualmente, a unidade do produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.

Entenda

O implante subdérmico Implanon é um método contraceptivo de longa duração e alta eficácia. Ele atua no organismo por até três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período. Após o prazo, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, um novo implante pode ser inserido imediatamente.

A inserção e a retirada do dispositivo devem ser realizadas por médicos e enfermeiros qualificados. Por esse motivo, segundo o ministério, a ampliação da oferta será acompanhada de estratégias de formação teórica e prática desses profissionais. Ainda de acordo com a pasta, a fertilidade é retomada rapidamente após a remoção.

Entre os contraceptivos oferecidos pelo SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como Larc — sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração. O método é considerado mais eficaz no planejamento reprodutivo por não depender do uso contínuo ou correto por parte da usuária, como ocorre com anticoncepcionais orais ou injetáveis.

“Os Larc são reversíveis e seguros”, destacou a pasta.

Confira, a seguir, os métodos contraceptivos disponíveis no SUS:

  • preservativos externo e interno;
  • DIU de cobre;
  • anticoncepcional oral combinado;
  • pílula oral de progestagênio;
  • injetáveis hormonais mensal e trimestral;
  • laqueadura tubária bilateral;
  • vasectomia.

A pasta alertou que, entre todos contraceptivos disponíveis na rede pública, apenas os preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

*Com informações da Agência Brasil

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