UFS recebe repasse financeiro e intensifica diálogo com o Ministério da Educação

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A Universidade Federal de Sergipe (UFS) recebeu, nesta terça-feira, 3, o repasse financeiro destinado ao custeio das atividades do primeiro semestre de 2025. O montante, enviado pelo Ministério da Educação (MEC), mantém a redução de aproximadamente 5% em relação ao valor originalmente previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Diante do contexto de restrição orçamentária, a UFS reforça o diálogo permanente com o MEC em busca de soluções.

Em meio às limitações financeiras, a universidade tem concentrado esforços na preservação de serviços essenciais. Entre as prioridades estão o pagamento de bolsas e auxílios estudantis, fundamentais para a permanência dos alunos, a manutenção de contratos com empresas terceirizadas e o custeio de energia elétrica, indispensável ao funcionamento da instituição.

“Assumimos a gestão em março com um déficit superior a R$ 20 milhões e dívidas acumuladas desde outubro e novembro com algumas empresas. Nosso foco tem sido regularizar essas pendências para garantir a continuidade dos serviços”, explica o pró-reitor de Administração, Erickson Alcântara.

De acordo com ele, a equipe da Pró-Reitoria de Administração (Proad/UFS) trabalha para registrar até esta sexta-feira, 6, todas as faturas em atraso, até fevereiro, no sistema financeiro nacional. Com o repasse semanal de recursos por parte do governo federal, há expectativa de que a liquidação dessas dívidas seja iniciada já na próxima semana.

Erickson também chamou atenção para a gravidade da situação enfrentada pelas universidades federais. “Durante o mês de maio, estivemos próximos de suspender as atividades da UFS por falta de repasse financeiro. Essa foi uma realidade vivida por diversas instituições em todo o país”, afirmou. Segundo ele, o funcionamento da universidade foi mantido graças ao compromisso das empresas terceirizadas e ao apoio da concessionária de energia elétrica.

Apesar do anúncio do governo federal sobre uma futura recomposição orçamentária para as universidades, os valores complementares ainda não foram liberados. “Seguimos em diálogo constante com o MEC e também atuamos por meio da associação nacional dos reitores. Embora a recomposição tenha sido confirmada, ainda não há sinalização oficial quanto à liberação dos recursos”, informou.

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